PASSOS E ESPAÇOS DO ESTUDANTE


  • Espaço para discussões, debates e reflexões sobre o estudante universitário, em especial o da área de Ciência da Informação.

BIBLIO O QUÊ MESMO?

“Biblio o quê?... O que mesmo com Economia?... Biblioteca e Economia?... Ahn, por favor, qual é mesmo o nome do seu curso?... Quantos anos?... Nossa! Quatro anos e o que vocês fazem?... Estudar quatro anos pra guardar livro?... Hum, diferente... É curso novo?... Nunca tinha ouvido falar... Mas você se forma em que nisso? Bibliotecário?... Ah ta, então você vai trabalhar em biblioteca?... Você deve gostar de ler, né?... Ai ai, dá até medo...”.

 

"Biblio o q?" É a primeira pergunta que muitos de nós ouvimos quando dizemos qual o curso que fazemos numa faculdade, ou mesmo quando ousamos dizer que é esta a nossa escolha para o vestibular. Com exceção de pessoas que sejam de uma família de bibliotecários ou que tenham convivido com pessoas que gostem de bibliotecas, ainda assim, acredito que também estes felizardos, com certeza (você, nós, seja lá quem for) também ouviram estas perguntas quando escolheram fazer este curso.

 

Como não sou a única a conviver com esta realidade – que nos acompanha ao longo dos 4 anos que nos leva ao titulo de bacharéis em Biblioteconomia –, resolvi abrir este espaço para que possamos discutir sobre esta situação, que pode ter duração maior até do que apenas o curso de 4 anos... Ela pode ser prolongada por mais um bom tempo depois de formado e ter inicio no exato momento em que fazemos a escolha. Dependendo do sujeito, as perguntas podem vir de sua própria consciência... Mas isso não vem ao caso, delimitemos nossa discussão apenas para as falas externas, que já são suficientes como brindes acompanhantes desta opção de vida que eu, você e mais algum conhecido seu fizemos.

 

Por alguma razão dentre tantos outros cursos que as universidades oferecem, optamos por Biblioteconomia. E com certeza não foi por falta de avisos de que passaríamos por isto. Alguns podem arriscar o palpite de ser ingenuidade, ou interesse puro e verdadeiro em trabalhar em bibliotecas, ou mesmo teimosia; outros mais impacientes arriscam loucura; bom, têm alguns mais entusiastas que dizem ser uma profissão do futuro – frase esta proferida já tem algumas décadas... Há também alguns que pensam no fato de este curso em muitos casos, ser mais fácil de passar no vestibular e há aqueles que já se depararam com o salário que em alguns lugares é convidativo. Contudo, seja lá em qual circunstância psíquica, física ou financeira, um cidadão escolhe por cursar Biblioteconomia em alguma universidade pública ou privada, e se depara com essas perguntas, geralmente feita por indivíduos mais satisfeitos e orgulhosos de sua escolha.

 

Passado este preâmbulo, vamos ao que interessa.

 

Contemos aqui causos verídicos sobre a escolha por este curso. Suas impressões antes e depois. Pode também ser histórias sobre o que se ouve quando você diz que faz Biblioteconomia. O interesse aqui é colher fatos que indicam como somos vistos por pessoas de fora do curso e/ou da profissão. Pois em boa parte, essa opinião alheia é de muita importância, partindo dela o nosso reconhecimento enquanto profissionais.

 

Gosto de discutir sobre isso, porque antes de ser estudante da área, já fiz algumas destas perguntas, pois naquele tempo, estava eu na condição de leiga. Era desconhecido para mim e como sempre fui típica cidadã brasileira em relação a biblioteca e leitura, confesso que a biblioteconomia por um determinado momento em minha vida, não era interessante e sequer atrativa. Desde então, sou bastante compreensiva com o interlocutor da conversa que emite essas perguntas, afinal, eu também já perguntei biblio o quê?

 

Mas antes que eu conte aqui uma história minha, vamos falar sério... Quem é que nunca fez uma pergunta desta?

 

Sem mais demora, encerro por aqui, deixando para outro momento a minha história para iniciar esta série que pretendo construir. Caso você se sinta encorajado a contar, clique no e-mail abaixo e deixe o seu relato.

 

Até a próxima!


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THAÍS R. FRANCISCON DE PAULA

Aluna de graduação em Biblioteconomia na Universidade Estadual de Londrina. Bolsista PIBIC/CNPq. Participante do grupo de pesquisa "Interfaces: informação e conhecimento".