DE FRENTE PRO CRIME/BIBLIOTECA CARENTE É CRIME
De Frente Pro Crime
De Frente Pro Crime Compositor: João Bosco Ta lá o corpo estendido no chão Em vez de rosto uma foto de um gol Em vez de reza uma praga de alguém E um silêncio servindo de amém O bar mais perto depressa lotou Malandro junto com trabalhador Um homem subiu na mesa de um bar E fez discurso pra vereador Veio camelô vender anel, cordão, perfume barato E baiana pra fazer pastel e um bom churrasco de gato Quatro horas da manhã baixou o santo na porta-bandeira E a moçada resolveu parar e então Ta lá o corpo estendido no chão Ta lá o corpo estendido no chão Em vez de rosto uma foto de um gol Em vez de reza uma praga de alguém E um silêncio servindo de amém Sem pressa foi cada um pro seu lado Pensando numa mulher ou num time Olhei o corpo no chão e fechei Minha janela de frente pro crime Veio camelô vender anel, cordão, perfume barato E baiana pra fazer pastel e um bom churrasco de gato Quatro horas da manhã baixou o santo na porta-bandeira E a moçada resolveu parar e então Ta lá o corpo estendido no chão |
Biblioteca carente é crime Versão Fernando Modesto Ta lá o documento largado no chão Em vez da página de rosto só um rasgo Em vez da capa a traça que come além E um silêncio preservando o desdém A biblioteca deserta assim continuou O Vento junto com um espanador Um homem com tablet a consultar E fez concurso pra professor E-book pra deter papel e um leitor como quebra galho Quatro horas da manhã baixou o público na porta da biblioteca E a moçada resolveu buscar informação A banda larga deixou a todos na mão Ta lá o documento largado no chão Em vez da página de rosto só um rasgo Em vez da capa a traça que come além E um silêncio preservando o desdém
Buscando no Google ou no Face quem sabe Olhei o acervo no chão e travei Uma biblioteca carente é crime
E-book pra deter papel e um leitor como quebra galho Quatro horas da manhã baixou o público na porta da biblioteca E a moçada resolveu buscar informação A banda larga deixou a todos na mão |