LITERACIA INFORMACIONAL
Deu no jornal "Folha de São Paulo", em 23 de março de 2011, a notícia sobre o ladrão que ao roubar o carro de um casal, teve a "cara de pau" de pedir "aula de direção" sobre a operação do veículo, para fugir.
Em resumo, um professor e sua namorada foram rendidos em uma noite de sábado, no estacionamento do aeroporto de Cumbica, na cidade de Garulhos, SP. Os dois foram feitos reféns e levados até a rodovia "Ayrton Senna", onde, antes de serem liberados, o assaltante pediu orientações sobre a operação do automóvel, já que não sabia como dirigir aquele modelo de carro.
De cara, temos um ladrão de automóvel desatualizado sobre as inovações tecnológicas implementadas pela indústria automobilística.
Entretanto, o roubo de veículos em uma cidade como São Paulo é uma rotina, esteja o motorista ao volante ou o veículo estacionado, mas raríssimos e inusitados são os casos como o citado anteriormente.
Inusitado, também, foi a tentativa de roubo do ônibus-biblioteca. Lamentável, que a imprensa da cidade de Sapecados, no interior de São Paulo, não deu o devido destaque ou, mesmo, uma notícia sequer sobre a ocorrência.
Relatos comentam que um ladrão invadiu o veículo estacionado em um bairro populoso da cidade, retirou as pessoas que lá estavam consultando os materiais, sob ameaça de um revólver.
Porém, ao tentar se evadir com o ônibus percebeu que não sabia como dirigi-lo. Pediu então orientação ao motorista.
A bibliotecária interveio, comentando ser impossível desenvolver uma competência informacional sobre aquele meio de transporte, em tão pouco tempo, e sob tais circunstâncias.
O ladrão se revoltou com a bibliotecária:
- Está me tirando, Tia? Tenho o primeiro grau completo!
No que a bibliotecária retrucou:
- Mas não sabe dirigir, está colocando vida de pessoas em perigo, e o pior está levando os materiais da biblioteca.
- E o que tem Tia? Vai chorar?
- Não vou! Mas se não devolver os materiais no prazo, vai pagar multa por cada material em atraso.
O ladrão pensou bem e desistiu de roubar o veículo. Afinal, o valor do ônibus, do perigo de causar acidentes e dos materiais não eram tão grandes assim, mas a multa da biblioteca não iria jamais prescrever até ser quitada. Então, se não fosse ler, melhor não levar.