Uma nota publicada no jornal “O Estado de São Paulo” (caderno “cidade/metrópole”) de 14/11/2005, noticia que um Ônibus-biblioteca da Prefeitura da cidade de São Paulo envolveu-se em acidente com um automóvel particular, resultando em duas pessoas feridas (do automóvel). O acidente de trânsito ocorreu no cruzamento da Radial Leste com  avenida Aricanduva, duas  principais avenidas paulistanas.

Das vítimas do veículo, uma teve ferimentos na face e a outra, grávida, foi encaminhada para o pronto-socorro com dores abdominais. Porém, dos livros transportados pelo ônibus acidentado nenhuma linha impressa. Nenhum comentário sobre possível perda de idéias, ou escoriações ocorridas nas páginas de rostos.

Sobre o acidente, populares indagavam se as duas pessoas acidentadas não eram usuárias com obras em atraso tentando devolver material de qualquer forma não respeitando as normas de circulação do material.

Sobre o condutor, instalou-se uma sindicância. A dúvida era saber se quem dirigia a biblioteca móvel era um bibliotecário ou um condutor sem a devida habilitação para tal. Populares que testemunharam os fatos acreditam que o caso deveria ter sido encaminhado ao CRB-8 para a devida fiscalização dos envolvidos.

Além dos danos materiais e humanos, houve perda cultural já que conteúdos ficaram impossibilitados de circularem livremente neste dia. Como mencionado, uma das acidentadas estava grávida vindo dar a luz uma criança de boa saúde, apesar do choque cultural. O parecer médico do obstetra, que atendeu ao parto, salientou que a criança sofrerá de um problema crônico denominado dependência de leitura.