BIBLIOCANTOS


NERVOS DE AÇO

 

 

Nervos de Aço

Lupicínio Rodrigues

 

Você sabe o que é ter um amor, meu senhor

 

Ter loucura por uma mulher

 

E depois encontrar esse amor, meu senhor

 

Nos braços de um tipo qualquer

 

Você sabe o que é ter um amor, meu senhor

 

E por ele quase morrer

 

E depois encontrá-lo em um braço

 

Que nenhum pedaço do meu pode ser

 

pessoas com nervos de aço

 

Sem sangue nas veias e sem coração

 

Mas não sei se passando o que eu passo

 

Talvez não lhes venha qualquer reação

 

Eu não sei se o que trago no peito

 

 

É ciúme, despeito, amizade ou horror

 

Eu sei é que quando a vejo

 

Meum desejo de morte ou de dor

Associação no Bagaço

Fernando Modesto

 

Você sabe o que é ver uma Associação, oh senhor

 

Uma entidade que-só o bem se quer

 

E depois encontrar essa Associação, oh senhor

 

Em cacos de um trapo qualquer

 

Você sabe o que é ver uma Associação, oh senhor

 

Com uma história de enaltecer

 

E depois  encontrá-la em um bagaço

 

sem espaço, agonia  sobreviver

 

 

As pessoas no seu passado

 

Deram o sangue e labor de coração

 

 

Mas hoje caminhando em descompasso

 

Talvez na incompetência de qualquer gestão

 

Eu não sei se o bibliotecário a tem no peito

 

Já é vaga lembrança, saudade ou horror

 

Eu sei é que quando a vejo

 

Se há um futuro é de morte ou de dor

Autor: Fernando Modesto

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FERNANDO MODESTO

Bibliotecário e Mestre pela PUC-Campinas, Doutor em Comunicações pela ECA/USP e Professor do departamento de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP.