A CONVERSA PROIBIDA DE MARCOLA
Trecho do texto (p.27):
Quando um deputado leu para ele um trecho de uma reportagem da revista Época que dizia que seu livro de cabeceira era Arte da Guerra, de Sun Tzu, ele disse: “de jeito nenhum, eu não sei de onde tiraram isso daí. Eu já li esse livro, é um manual de guerra, não é meu livro de cabeceira. Estou lendo Nietzsche e meu livro de cabeceira é Assim falava Zaratustra”. Citou Santo Agostinho. Revelou ter lido muitos autores, entre os quais “Lênin, Trotski e outros clássicos do marxismo”, como também “os filósofos precursores da Revolução Francesa – Rousseau, Voltaire, Montesquieu”. Informou ter concluído o curso supletivo dentro da cadeia. Indagado se tinha algum ídolo, foi lacônico: “Não”.
João de Barros é jornalista.