GERAL


OBJETOS PERDIDOS NO METRÔ DE SÃO PAULO


[...] Localizada na Estação Sé, a área de achados e perdidos do Metrô de São Paulo funciona como uma central, para onde é despachado tudo o que os usuários perdem ou esquecem em qualquer uma das linhas da rede. Ocupa uma sala relativamente pequena, mas organizada: há uma série de gavetas identificadas com seus respetivos conteúdos, como “documentos”, “óculos”, “chaves” etc. Objetos maiores, em geral livros, mochilas, bolsas, cobertores e roupas, se espremem em alguns armários, ou ficam no chão, como no caso de malas de viagem.

[...] Tanto quanto revelar a desatenção dos usuários, as quinquilharias perdidas indicam tendências aos olhos dos funcionários. A chefe de departamento garante informar-se sobre as leituras do momento a partir dos exemplares perdidos. A Cabana, o livro de suspense e fé de William P. Young, foi o título mais perdido nas estações, mas hoje em dia o autor campeão é George R. R. Martin com suas Crônicas de Gelo e Fogo.

Dentro de um livro foi, aliás, encontrada certa vez uma carta de amor datada de maio de 1930. A partir do nome dos amantes, os funcionários conseguiram descobrir que o homem que prometia amor eterno tinha falecido, mas a mulher, centenária, ainda vivia. E se lembrava da missiva.


Autor: Fábio Fujita
Fonte: FUJITA, Fábio. Próteses, Alcorão, R. R. Martin. Carta Capital, ano 23, n. 950, p.8-9, 03 de maio de 2017

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OSWALDO FRANCISCO DE ALMEIDA JÚNIOR

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da UFCA- Cariri - Mantenedor do Site.