Amante À Moda Antiga
Erasmo Carlos
Eu sou aquele amante à moda antiga
Do tipo que ainda manda flores
Aquele que no peito ainda abriga
Recordações de seus grandes amores
Eu sou aquele amante apaixonado
Que curte a fantasia dos romances
Que fica olhando o céu de madrugada
Sonhando abraçado à namorada
Eu sou do tipo de certas coisas
Que já não são comuns nos nossos
dias
As cartas de amor, o beijo na mão
Muitas manchas de batom daquele
amasso no portão
Apesar de todo o progresso
Conceitos e padrões atuais
Sou do tipo que na verdade
Sofre por amor e ainda chora de saudade
Porque sou aquele amante à moda antiga
Do tipo que ainda manda flores
Apesar do velho tênis e da calça desbotada
Ainda chamo de querida a namorada
Eu sou aquele amante à moda antiga
Do tipo que ainda manda flores
Apesar do velho tênis e da calça desbotada
Ainda chamo de querida a namorada
Ainda chamo de querida a minha
namorada
A minha namorada, a namorada
A minha namorada
|
Consulente à Moda Antiga
Versão Fernando Modesto
Eu sou aquele consulente à moda antiga
Do tipo que ainda busca fontes
Aquele que com jeito ainda pergunta
Informações com seus agregados valores
Eu sou aquele consulente dedicado
Que lê da poesia aos romances
Que fica vasculhando toda a biblioteca
Indagando conteúdo à bibliotecária
Eu sou do tipo que busca materiais
Que não são comuns e nem poucos banais
As fichas de autor, do assunto à mão
Todas as datas de registros sobre
dados da documentação
Apesar de todo o progresso
Formatos e padrões atuais
Sou do tipo que em realidade
Torce por serviço que opera sem dificuldade
Porque sou aquele consulente à moda antiga
Do tipo que ainda busca fontes
Consultar o velho ex-libris e a estante abarrotada
Ainda clamo a ajuda da bibliotecária
Eu sou aquele consulente à moda antiga
Do tipo que ainda busca fontes
A consultar o velho ex-libris e a obra esgotada
Ainda clamo a ajuda da bibliotecária
Ainda peço a ajuda da dedicada bibliotecária
A solicita bibliotecária, a bibliotecária
A minha bibliotecária
|