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PROJETO "LER PARA CRER: OFICINAS ITINERANTES" VENCE 5O. PRÊMIO VIVA LEITURA


Marcos Agostinho

 

Selecionados em três categorias receberem premiação de R$ 30 mil

 

Ciceroneada pela atriz Cássia Kiss, a quinta edição do prêmio Viva Leitura conheceu, na noite desta sexta-feira (19), em Brasília, o nome das iniciativas vencedoras nas três categorias da premiação. O valor do prêmio é de R$ 30 mil, e contemplou iniciativas de instituições públicas e privadas que fortalecessem o hábito da leitura.

 

Na categoria *Escolas Públicas e Privadas*, o vencedor foi o Centro Educacional e Cultural Kaffehuset Friele, que promove ações culturais envolvendo agentes da educação pública na cidade de Poços de Caldas (MG). Visivelmente emocionada, o coordenadora do projeto, Nilda Márcia, comentou a importância do prêmio. “A leitura transforma vidas, sou prova disso. Até os dezesseis anos, não sabia ler, e agora ajudo crianças e jovens a transformarem suas vidas também. É muito gratificante ter esse reconhecimento”. Em sua visão, agora é o momento de seguir adiante. “Pretendemos investir o valor do prêmio na capacitação de multiplicadores. Não podemos parar, temos que crescer”, disse.

 

Já na categoria *Bibliotecas Públicas e Privadas*, a premiada foi a iniciativa da Cafeteria Sabor Literário, da cidade de Parnamirim (RN). Para a coordenadora do projeto Claudia Maria Gomes de Araújo, o aspecto social do projeto foi o principal ponto para o reconhecimento da comissão julgadora. “Sem dúvida, são muitos bons todos os projetos e iniciativas que disputaram a premiação, mas considero que o fato de termos sido contemplados veio do forte aspecto social de nosso projeto. Atendemos cerca de 1.500 adolescentes do nível médio da nossa cidade. Com apresentações de textos consagrados, aprende quem lê e executa as obras e quem as ouve”, afirmou.

 

Na última categoria da noite, os selecionados representavam iniciativas da sociedade civil organizada, e o premiado foi o projeto Ler para Crer: Oficinas Itinerantes, de Fortaleza (CE), proposta de extensão da Universidade Federal do Ceará, que abrange a realização de oficinas e mutirões para a criação de bibliotecas comunitárias.

 

Neste ano, o Viva Leitura recebeu um total de 1.829 projetos inscritos, contra os 1706 que concorreram em 2009. Do total de inscritos, 15 foram selecionados para a final. Os finalistas deste ano são provenientes dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Ceará, Piauí e Amapá. O prêmio é uma parceria dos ministérios da Cultura e Educação, a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Cultura, Ciência e Educação (OEI) e a Fundação Santillana, patrocinadora do prêmio.

 

“O Ministério da Cultura entende a agenda do Livro, da Leitura e da Literatura como algo estratégico para o desenvolvimento do país, e compreende que programas e projetos de incentivo à leitura desenvolvidos pela sociedade civil também compõem sua política pública”, diz Fabiano dos Santos Piúba, diretor de Livro, Leitura e Literatura. Ele ressalta que estas iniciativas são apoiadas pelo MinC por meio de prêmios como o Viva Leitura e de editais.

 

*Menção honrosa*

 

A partir da edição desse ano, a menção honrosa do prêmio Viva Leitura levará o nome de José Mindlin, falecido em fevereiro desse ano, e que, em vida, leu mais de 6 mil obras. Coube ao seu filho, Sérgio Mindlin, receber a primeira homenagem, em reconhecimento à importância e ao exemplo de amor aos livros deixado por seu pai.

 

Em seguida, também foi homenageado com o, agora, prêmio José Mindlin o presidente da fundação Dorina Nowill, Alfredo Weiszflog, em reconhecimento ao trabalho da instituição na formatação e disponibilização de livros em braile, assim inserindo os deficientes visuais na experiência da leitura.

 

*Autoridades*

 

 A secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Silvana Meireles, representou o ministro Juca Ferreira e destacou o amplo trabalho do MinC para zerar o número de municípios brasileiros sem bibliotecas. “Hoje podemos dizer que em toda cidade brasileira há uma biblioteca, e isso se deve a programas como o *Mais Cultura*, que investiu e montou centenas de pontos de leitura por todo a país, garantindo cidadania a milhares de pessoas. Não há cultura e educação sem que haja leitura, que, portanto, precisa ser vista como política de Estado, e fizemos isso a partir do Plano Nacional de Livro e Leitura, juntamente com o Ministério da Educação”, afirmou.

 

Também estiveram presentes o secretario de Educação Continuada do Ministério da Educação, André Lazaro, os senadores Cristovam Buarque (PDT/DF) e José Sarney (PMDB/AP), além de representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Fundação Santillana.

 

Marcos Agostinho, Comunicação Social/MinC

 

 

(Nota do mantenedor (OFAJ): O projeto "Ler para Crer: Oficinas Itinerantes para a implantação de bibliotecas comunitárias em municípios cearenses" é de responsabilidade da Universidade Federal do Ceará, vinculado ao Departamento de Ciência da Informação e coordenado pela professora Lidia Eugênia Cavalcante)


Divulgado por Abraão Antunes - Enviado para "bibamigos" em 22/11/2010

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OSWALDO FRANCISCO DE ALMEIDA JÚNIOR

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da UFCA- Cariri - Mantenedor do Site.