GERAL


DEMOCRATIZAÇÃO VIRTUAL


Agência FAPESP - Mais importante do que refletir sobre as tecnologias empregadas na infra-estrutura física de compartilhamento de informações, o foco central do debate deveria estar dirigido para a discussão de políticas capazes de ampliar o acesso aos conteúdos disponíveis nas bibliotecas virtuais.

Baseado nessa premissa se desenvolveu o primeiro dia do Seminário de Consórcios de Bibliotecas Ítalo-Ibero-Latino-Americanas (SCBIILA), na sede da FAPESP, em São Paulo. O encontro conta com a presença de representantes da Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela, México, Espanha e Portugal.

Um dos grandes desafios levantados no encontro foi a necessidade de democratizar o acesso às informações científicas dos acervos on-line. Segundo os participantes, trata-se de um problema que aparece, em graus variáveis, em vários países.

“As instituições envolvidas em consórcios de bibliotecas precisam ter como objetivo final a adoção de metodologias eficazes que consigam levar o conhecimento produzido pela elite intelectual ao domínio do grande público”, disse Âmbar de Barros, representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), à Agência FAPESP.

Em sua participação, a representante da Unesco chamou a atenção para a realidade brasileira, em que a grande maioria da população sofre com o analfabetismo digital e, por isso, "ainda precisa percorrer um longo caminho para fazer parte do mundo globalizado da informação".

Segundo ela, os países em desenvolvimento devem aumentar o compromisso com a inclusão social. “E uma reunião dessa natureza é um grande passo rumo à ampliação da difusão do conhecimento”, acredita.

Rosaly Fávero Krzyzanowski, coordenadora da Biblioteca Virtual do Centro de Documentação e Informação da FAPESP (BV-CDi), acredita que não basta apenas garantir o acesso às informações, é preciso tornar o acesso mais dinâmico, ágil e facilitado. Ela destacou a importância dos repositórios de acesso livre, que permitem aos pesquisadores divulgar seus trabalhos ao grande público, de forma gratuita.

“Essa é uma das ferramentas de maior sucesso que surgiu nos últimos anos. Nesse sentido, também vêm crescendo no meio científico as publicações de revistas de acesso aberto, os open access journals”, explica Rosaly. Para ela, outra iniciativa importante é o fortalecimento, no âmbito das bibliotecas universitárias e de institutos de pesquisa, dos consórcios para a aquisição e o acesso compartilhado de conteúdos técnicos e científicos.


Autor: Thiago Romero
Fonte: FAPESP - 12/08/2005
Divulgado por Carla Floriana Martins – Enviado para “bibliotecários” em 15/08/2005

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OSWALDO FRANCISCO DE ALMEIDA JÚNIOR

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da UFCA- Cariri - Mantenedor do Site.