GERAL


AS ESTANTES VIRTUAIS DAS BIBLIOTECAS


Elis Monteiro

 

Instituições avançam para a rede mundial de computadores em busca de mais leitores

 

Universalizar o acesso às obras disponíveis nas bibliotecas é a função dos braços virtuais de várias instituições culturais que, antes, só existiam no mundo físico. Atualmente, acervos preciosos como os da Biblioteca Nacional www.bn.br/bndigital/ e das bibliotecas Lúcio de Mendonça e Rodolfo Garcia, da Academia Brasileira de Letras www.academia.org.br, estão disponíveis a um clique, esteja o indivíduo onde estiver. Dentro de cada uma delas, no universo digital, está a chance de conhecer obras raras, pesquisando por autor, título, assunto, local de publicação, data, coleção, etc.

 

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) está apostando na internet para promover a universalização do acesso a boa parte das obras de seu gigantesco acervo (que soma mais de dois milhões de livros), sem deixar de lado a instalação de bibliotecas físicas – no ano passado, foram mais de 400 inauguradas Brasil afora pela FBN. Mas a rede mundial tem despertado um número cada vez maior de leitores. De acordo com o presidente da instituição, Muniz Sodré, o site da BN já soma mais de um milhão de visitantes únicos por me, sendo classificado como um dos três melhores do país.

 

O site da BN, diga-se, é parte integrante do projeto Rede Memória Virtual http://catalogos.bn.br/redememoria/, projeto desenvolvido em parceria com a FINEP-MCT que reúne dez instituições, entre públicas e privadas, com o propósito de colocar na internet o maior número possível de obras. A idéia é criar um grande banco de dados de títulos pertencentes a gêneros diversos como administração, literatura, povos indígenas, ciências, etc.

 

A FBN já faz parte de um projeto semelhante que pretende oferecer, na internet, acesso a um precioso banco de dados de bibliotecas espalhadas mundo afora, em diversos idiomas. Capitaneado pela Biblioteca do Congresso americano e pela UNESCO, o projeto Biblioteca Digital Mundial (World Digital Library) já recebeu milhares de documentos digitalizados de bibliotecas do Egito e da Rússia. O Brasil foi um dos primeiros a anunciar a adesão ao projeto.

 

Além de livros, a Biblioteca Mundial também pretende reunir, num mesmo endereço virtual www.worlddigitallibrary.org, manuscritos, mapas, partituras e gravações musicais, gravuras, filmes e fotografias.

 

Visita virtual à Academia Brasileira de Letras

 

O que não falta, no entanto, são iniciativas locais. No site da Academia Brasileira de Letras (ABL), por exemplo, é possível pesquisar no acervo das duas bibliotecas pertencentes à instituição, a Lúcio de Mendonça e a Rodolfo Garcia. No site ainda é possível conhecer as dependências externas e internas do Petit Trianon (sede da ABL), o plenário onde os acadêmicos se reúnem, e o Salão Nobre, onde acontecem as cerimônias de posse dos acadêmicos.

 

A Internet também está repleta de sites de instituições de ensino que disponibilizam seus acervos para consulta pública. Na Biblioteca Digital da Unicamp http://libdigi.unicamp.br/ o internauta pode pesquisar por documentos, em formato digital, pertencentes à lista de dissertações e teses da Universidade. O projeto, que existe desde 2001, pretende criar uma Biblioteca Digital de Teses da Unicamp. Hoje, já estão no site 23.950 documentos, dos quais 16.399 são teses.

 

Outra opção interessante é a Academia Virtual Brasileira de Letras (AVBL), que mantém um catálogo com obras de mais de 500 autores de diversos estados do país. Dentre os trabalhos já oferecidos estão artigos, cartas, biografias, letras de músicas, poesias, contos, trovas, etc. Para•se tornar um membro, é preciso ter pelo menos uma obra publicada.

 

E para quem não se deixou levar pelo spam recorrente que assegura que o governo federal quer descontinuar o site Domínio Público www.dominiopublico.gov.br, vale a pena uma visita. O site oferece download e pesquisa de obras que, como o próprio nome diz, já caíram em domínio público. São preciosidades como “A divina comédia" em português, obras de Shakespeare, Machado de Assis e Fernando Pessoa, dentre outros, além de publicações sobre educação e obras de música erudita.

Fonte: O Globo (RJ) 21/1/2008 e
Divulgado por Kelly Pereira de Lima – Enviado para “bibliotecarios” em 28/03/2008

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OSWALDO FRANCISCO DE ALMEIDA JÚNIOR

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da UFCA- Cariri - Mantenedor do Site.