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PEQUENO GUIA PARA ABANDONAR O GOOGLE

Roteiro para sair do labirinto de uma das mega-corporações tecnológicas. Ela já provou incontáveis vezes não merecer nossa confiança – mas julgamos estar presos, por não ver alternativas. Elas existem

Há alguns anos, viralizou um meme com dois porquinhos surpresos com sua vida grátis na fazenda. Abaixo, uma eloquente comparação com a rede social mais famosa do planeta: se não está pagando para usar, é porque é você quem está sendo vendido. De fato, a lógica da internet seguiu esse caminho. Foi uma bruta transformação: um espaço de gigante potencial de liberdade e troca de conhecimento foi engolido por grandes empresas que controlam os dados de seus usuários, vendem sua atenção, manipulam seu humor, delatam sua rotina para agências de inteligência, intensificam o hiperindividualismo, influenciam eleições… Tudo isso num regime de oligopólio, cujos integrantes aniquilam (ou engolem) qualquer iniciativa que desafie sua hegemonia.

Mas como fugir? O jornalista Nithin Coca contou, no Medium, sua experiência em deixar de usar todos os produtos de uma dessas brutamontes tecnológicas: a Google. Conta que, a princípio, era um grande fã da empresa, que sempre aparecia com um novo serviço genial — e gratuito. Ora, se não chegamos ao ponto de ir ao abate, após habitar esse confortável curral, certamente já pagamos a conta com nossos dados, nossa privacidade, nossa liberdade. Nithin passou a perceber que deixamos de adotar os serviços do Google porque são os melhores, mas porque parece não haver alternativas.

Mas há: várias iniciativas resistem, muitas delas ainda com o enorme benefício de proteger suas informações — afinal a ideia não é sair do Google e migrar para a Microsoft ou a Apple, veja bem. Vamos a algumas das alternativas.

Primeiro, bem, a busca. Duckduckgo já é conhecido por muitos, mas ele também cita o Startpage. Nenhum dos dois coleta seus dados ou cria um perfil de consumo para indicar as marcas “certas”. Para substituir o navegador Chrome, fácil: o Firefox. Muito conhecido, bem mais rápido, é mantido por uma fundação sem fins lucrativos que luta pela liberdade e privacidade na internet. Se seu problema é a localização, também já pode abandonar Google Maps e Waze. Para o computador, ele indica o HereWeGo, para celular, o Maps.me. Para substituir o Gmail, escolheu o ProtonMail, um servidor que se preocupa tanto com segurança quanto com a facilidade de uso. Vale a pena ver a lista completa: há opções para o Hangouts, o Google Drive, e até sistemas operacionais que substituem o Android, nos celulares.

Autor: Gabriela Leite
Fonte: Clique Aqui

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Seção Mantida por OSWALDO FRANCISCO DE ALMEIDA JÚNIOR

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da UFCA- Cariri - Mantenedor do Site.