PEQUENO RESTO
Por entre minhas barbas
escorre o sol
que marca
meu peito.
Ninguém segura
entre as mãos,
a luz que escorre
dos meus olhos.
Tristes e loucas
as mãos procuram
atravessar
as paredes.
E as muralhas,
untadas com poderio
e febre,
se acomodam
sentadas sobre
a fome,
a sede,
a morte.
Por entre minhas barbas
escorre o sol
que marca
meu peito.
Minha cabeça
explode em absurdos.
E um pequeno resto
se agarra
de mãos fortes
buscando
e puxando
a verdade
para a consciência.
E um pequeno resto
se agarra
de mãos fortes
xingando e
cuspindo o
que é podre
pra longe
dos limites
do que é
meu.
(Letra musicada pelo Rogério – que não sei por onde anda)