O cachorrinho,

rabo balança,

balançando,

sai correndo

atrás da bola,

de um brinquedo,

não vi direito.

Na corrida

ele tropeçou,

deu cambalhota,

virou duas vezes.

Você pensa que

ele chorou?

Nada disso.

Ele se levantou

como se nada

tivesse acontecido.

Deu uma chacoalhada,

daquelas quando

cachorro se molha,

nem olhou para os lados

e continuou

correndo atrás da bola,

ou brinquedo.

Achou a bola

(ou brinquedo),

pegou com a boca

(chama-se boca a

boca do cachorro?),

e voltou correndo

para o dono.

Ficou sentado

esperando que

o homem jogasse

longe, de novo,

a bola ou brinquedo.

Mas, alguém gritou

e o homem/menino

foi saindo do parque

chamando com gestos

e palavras, o cachorrinho.

Poxa! Acabou a brincadeira

com a bola ou o brinquedo.

Em casa, no entanto,

Ele, cachorrinho,

vai ficar no colo dele,

homem/menino,

para uma soneca,

ou para morder o dedo

dele, homem/menino,

ou roer um ossinho,

ou comer um biscoito,

ou caçar uma mosca,

ou morder um chinelo,

ou amassar o colchonete,

ou lamber a cara dela,

mulher (mulher/mãe),

ou brincar de correr

atrás e com o gato,

beber muita água,

(xixi e coco só

quando vai pra rua),

cheirar os cantos

da sala e do quarto,

se sentar no pé do

homem/menino...

Nossa! Como é agitada

a vida de um cachorro/

cachorrinho.