ALÉM DAS BIBLIOTECAS


O OUTUBRO DE MINHA INFÂNCIA

A coletânea recém-lançada, em Teresina – PI, intitulada “O outubro de minha infância”, sob a organização de Albino Veloso, A. F. Soares, Chagas Botelho e Joaquim Lopes, reúne em 264 páginas textos de uma série de autores piauienses ou aqui residentes há mais de 10 anos, sem que estes sejam necessariamente inéditos ou originais. No caso, eis a transcrição de texto de nossa autoria “AS ESTAÇÕES DE MINHA VIDA” (p. 18-24).  

 

Enfim outubro chegou, que ele chegue rosa e cheio de prosa,
mas que venha acompanhado de uma caixa de lápis de cor para cada um colorir com sua cor preferida. Chegue outubro cheio de ternura e afaste toda a amargura, traga de volta o sorriso de criança e para nós muitas esperanças. Venha com muita vontade e traga muitas felicidades, uma dose exagerada de amor e afaste toda a dor [...]

Sergio Fornasari

Segundo palavras de Simone de Beauvoir, retomadas bem recentemente com força total por Fernanda Montenegro Brasil afora, “a impressão que tenho é de não ter envelhecido embora eu esteja instalada na velhice”. Não mais começo a envelhecer. Não mais estou no grupo das denominadas “mulheres de meia idade”, onde, aliás, quando jovem, nunca imaginei pertencer. Não tem sido fácil. Sinto como nunca como é difícil ser gente e ser livre. Quando crianças, estamos sujeitos à tirania dos pais. A adolescência chega e com ela a obrigatoriedade de viver a vida que nossos pais gostariam de ter vivido. Apaixonamo-nos. Amamos. Casamos. E mudamos de presídio. Chega a tal “meia idade” e, coladinha a ela, eis a velhice. E o cerco continua. Os papéis invertem-se. Agora são os filhos que cobram a maneira de se vestir, de se portar, de se pentear. Não há liberdade. Cada idade tem sua própria luta. Sua própria beleza. Seus próprios encantos. Seus próprios desencantos. A diferença cruel é que não nos apercebemos disto facilmente.

Nesta “briga de foice” ou nesta briga silenciosa diante dos dias que escorrem pelos poros, minha infância distancia-se mais e mais. As lembranças não rareiam. Esvaem-se devagarinho. Não fui uma criança feliz. Não fui uma criança infeliz. Fui primavera e outono. Fui verão e inverno. Classe média alta. Cobranças familiares sufocantes e repressoras por parte da mãe “nobre”, sobretudo, quando “ele” me deixou. Meu pai partiu cedo, vítima de infarto fulminante, e me deixou tão só em meus 12 anos, idade em que pai é sinônimo de cumplicidade e proteção. Mesmo assim, não tenho dúvidas. Os deuses me inspiram a tranquilidade de que “ele” está bem e em paz. Não sei se pôde receber o presente que lhe dei: minha graduação e pós-graduação (PHD) em jornalismo. Este foi o brinde maior que idealizei para presentear meu pai. Não pude fazê-lo muito cedo, embora não haja o muito tarde para as coisas do coração. As imposições sociais me fizeram caminhar para uma profissão reconhecidamente “de mulher e de menina direita”. Foi assim que descobri o mundo deslumbrante da biblioteconomia, sem esquecer, porém, da impossibilidade que foi para “ele” o diploma de jornalista que hoje é meu, é dele, é nosso. Afinal, a meu pai coube o encargo de uma família aos 10 anos!

Para falar a verdade, nunca soube se a Pedro Targino da Costa Teixeira importaria ostentar diplomas e cumprir ritos e formalidades. Porém, mantenho a crença infinda de que onde estiver saberá reconhecê-lo como dádiva que dediquei a “ele”, meu pai. É tão pouco o que nós, filhos, lembramos de oferecer. Nosso receber é sempre mais natural. Não sei também se Pedro seria o pai que construí no castelo dessas lembranças de criança feliz e infeliz no decorrer de tantos anos de solidão. Dizem que a memória consiste na recomposição do passado inconscientemente idealizada. Não sei como meu pai aceitaria as escolhas que fiz no decorrer dos caminhos e descaminhos que trilhei e ainda persigo como velha-menina- andarilha. Não sei se aprovaria as recusas de viver mentiras. Não sei se me voltaria as costas, como tantos o fizeram. Não sei se seria complacente diante dos erros que me fizeram gente. Mas, como se diz em família, com constância e insistência, sou eu a filha que mais se aproxima de sua irreverência, da forma sonhadora de encarar a vida, da falta de medo de enfrentar o dia a dia nem sempre brando... Por tudo isto, sigo pensando que ser uma criança endiabrada como fui, mas sempre atenta ao outro, zelar nos céus por uma filha jornalista é um grande presente para “ele”.

Por tudo isto, repito que, dentre todos os acontecimentos que marcaram minha infância e adolescência, o abandono ou a partida de meu pai foi a dor maior. Passei a vida inteira buscando pai, querendo colo, um desassossego só. Porém confesso com orgulho que Pedro ficou em mim. Dele, herdei o temperamento irrequieto, a vontade de escrever, a compulsão de acreditar nas pessoas, na vida, nos sonhos, numa “caça” obsessiva de autenticidade e verdade. A ânsia de viver, de falar, de contar mágoas, fracassos, tristezas, dores e alegrias, meu pai a possuía. E me deixou como legado precioso. Ainda pequena, aprendi a enfrentar a solidão, a não possuir máscaras, a me desnudar diante da sociedade hipócrita e vazia. Por tudo isto, nenhum pudor de me deixar vencer pela ânsia incontida de escrever. Escrever das dores que me afligem ou das emoções e dos desencantos que vivencio, blefando a solidão.

Aliás, surpreendentemente, quando criança, preferia livros em vez de bonecas. Mais tarde, já mãe e mulher adulta, cismei em me apaixonar pela boneca Emilinha – até hoje, guardo num relicário pleno de amor quatro delas: Emilinha, Zenóbia e Jurubeba. Ganhei neste ano, 2023, uma Emilinha novinha e que teima em se impor como matriarca por seu tamanho quase gigantesco. Como castigo, não a batizei – continua como “A Grandona” e ponto final.

Indo além, quando adolescente, preferia livros em vez de namorados, embora, mais adiante, nem sempre tenha sido assim (risos!!!). E há um porém perdido no traçado de minha existência. Segundo tios, primos e irmãos, “nasci professora”. Aula para os amigos e quem pintasse na frente, desde muito cedo. Aos 17 anos, comecei a ministrar aulas de inglês num curso pré-vestibular em Recife, após finalizar o curso completo na então renomada Sociedade Brasileira Brasil-Estados Unidos. Foi então que desvendei minha vocação para uma vida inteira e mais, se possível fora. Todos os alunos, mais velhos do que eu. Um mais corajoso e engraçado, perguntou com o rosto sério: “professora, como é que se diz ‘dia de pagamento’ em inglês?” Num segundo, sem titubear e quase automaticamente, escrevi na lousa: pay day. Pedi emprestado a forjada circunspecção do aluno e falei: “leia, por favor”. Riso generalizado. De volta a casa, pensei: como pude ser tão rápida e nem sequer ruborizei? Como lidei com uma situação aparentemente vexaminosa? Descobrira aí, na adolescência ainda, a sala de aula como espaço no qual desejaria estar para sempre.

Ademais, quando do segundo ano de graduação em biblioteconomia, iniciei estágio remunerado em biblioteca popular de bairro periférico da capital pernambucana. A esta altura, já nutria preocupações precoces de caráter político-social, assumindo, inclusive, a presidência do diretório acadêmico, numa fase considerada de “risco”, pois coincidia com o período pós-revolução de 64. Era 1967. Sem dúvida, esse contato mais próximo com parcelas de baixa renda foi de grande valia para minha conscientização profissional, no sentido de compreender que “vencer na vida” é, antes de tudo, a sensação do cumprimento da função social de cada um como cidadão / cidadã, que se tece desde a tenra infância.

Rememoro que cresci em meio a livros, revistas (como “O Cruzeiro”, em que pesem críticas e controvérsias), almanaques, enciclopédias, revistas em quadrinhos e assim por diante. Reitero: influência decisiva de meu pai. “Ele”, escritor e jornalista sem diploma. “Ele”, sem qualquer instrução formal. “Ele”, sem jardim de infância. “Ele”, sem bancos escolares. “Ele”, sem farda engalanada ou lanches achocolatados. Sob outro ângulo ou sob outra perspectiva, “ele”, com inteligência, persistência, obstinação e imenso amor às letras. Letras que se tornaram frases, textos, contos, livros, matérias jornalísticas, etc. Meu pai, autodidata, numa época em que vocação era magia e encantamento, tornou-se, em curto espaço de tempo, escritor, ghost-writer (termo inexistente, à época) de políticos paraibanos e, sobretudo, jornalista, numa existência curta, mas vivida com intensidade, fervor e furor.

Na busca quase insana de querer pai e colo ou colo e pai, encontrei José Camillo da Silveira Filho. Professor Camillo. Camillo, palavra mágica para indicar serenidade, seriedade, dignidade, hombridade, e, sobretudo, complacência. Complacência com os que pecam, com os que erram, com os que choram. Camillo, um nome. Uma lenda. Um mito. Um rito. Um sonho. Uma vida. Mil vidas. Sim, mil vidas. Mil vidas que esse grande homem piauiense ajudou a construir. Mil pessoas a quem Professor Camillo ajudou a reencontrar a esperança e/ou a quem restituiu a confiança. Confesso, sempre que posso, com orgulho e gratidão: estou entre essas pessoas, a quem ele deu apoio, compreensão e carinho.

Camillo percebeu a sensação de deslocamento ou não pertencimento da menina ou mulher jovem com alma borbulhante de adolescente, apesar do então 22 anos. Ele me conheceu sem muitas palavras. Confiou em mim em todos os momentos. Representou o reencontro com um pai, numa transferência muito “louca”, na visão dos terapeutas, e muito “linda”, na percepção dos sonhadores. A verdade é que, todos nós, seres humanos, demoramos demais para dizer as palavras de perdão que devem ser ditas, para pôr de lado os rancores que devem ser expulsos, para expressar gratidão ou para dar consolo aos que sofrem. Por tudo isto, nunca calei. Sempre falei a todos, em ambientes reservados ou não, de minha admiração imensurável por Camillo. Camillo, cidadão. Camillo, profissional. Camillo, erudito. Camillo, antes de tudo, gente.

Mas José Camillo da Silveira Filho também partiu. E eu revivi o voo prematuro de meu pai. Três dias antes de o memorável ex-Reitor da Universidade Federal do Piauí se transmutar numa estrelinha, exatamente numa tarde chorosa do domingo, 18 de janeiro de 2004, estive a seu lado, na unidade de terapia intensiva, em que ele estava. Camillo e eu. Ele, inconsciente. E eu, consciente de que viveria mais uma perda. “Conversamos”, rememoramos os momentos de trabalho que vivenciamos na construção de uma universidade eficiente e humana. Ri, lembrando suas zangas. Chorei, lembrando de como Teresinha ficaria triste sem um marido tão amoroso e digno. Chorei por mim, por seus filhos de sangue, chorei por todos nós, que não mais lhe escutaríamos. Mais do que tudo, confessei o que ele e Teresinha sempre souberam: minha imensurável gratidão e o quanto foram importantes para meu caminhar trôpego. Amadureci. Envelheci. E nunca esqueci aquela mão estendida.

Retomando a infância fugidia, riso faceiro ao lembrar das férias escolares na fazenda de meu pai, do riso solto ao tentar memorizar os nomes dos bezerrinhos, das vacas e dos poucos touros, a quem Pedro atribuía um belo cognome num caderninho de bodega – registro de nascimento. Até hoje, lembro de alguns codinomes: “Estrelinha”; “Maria Azul”; “Zangada sem Causa” e por aí vai. Mas minha infância não para por aí. Meu pai também me deu uma tia louca para amar. Com certeza, desde cedo, muito cedo, para desespero de minha mãe carrasca, nutri estranha curiosidade pelos loucos perdidos no relento das ruas. Ainda criança, compreendi quão necessário é ser “normal” para ser respeitado. Ensinaram-me (e nunca aprendi) a esquecer da presença de uma tia louca no seio de uma família “nobre”. Ela se foi já velha e muito doente. Partiu em meio ao silêncio e alívio de muitos. Mas ficou em meu imaginário de criança-adolescente. Nunca a esqueci.

Hoje e sempre, penso nos loucos. Aqueles, acintosamente cantados e decantados em piadas cruéis. Andam por aí. Pelas ruas das cidades grandes e pequenas. Como avoantes, ora estão aqui, ora estão por aí, silenciosos ou barulhentos, doces ou bravos, exauridos pelas perseguições de brincadeiras advindas de adolescentes cruéis, às vezes, desconhecendo os males que causam. Os loucos não têm rumo certo. Assustam crianças ou despertam a crueldade de muitos. Porém, quase sempre, são loucos mansos, indefesos em seus discursos desconexos ou em seus poemas bipartidos. Quase sempre, sujos em suas vestes úmidas de urina ou de excrementos. Quase sempre, carentes de afeto e de atenção. Quase sempre, deslocados como eu.

Na realidade, no cotidiano, ainda vislumbro nos dementes que passam ou com quem convivo, a oportunidade ímpar de resgatar o débito de amor para com minha tia. Somente a reencontrei durante um curso de mestrado em João Pessoa. Talvez tarde demais: ela, uma velha acabrunhada e desvairada; eu, uma mulher lutando para sobreviver como acadêmica. Eis o momento único em que me foi permitido resgatar o carinho contido, a compreensão proibida, a cumplicidade expressa tão tardiamente, quando, longe dos olhares proibitivos, eu lhe dava todas as guloseimas que pedia. Quando ela desencantou e voltou aos céus, eu chorei todo um choro incontido. Chorei por ela, mas muito mais por todos nós, “loucos a varejo” ou pobres “normais”.

Os anos sobrevindo. Minha tristeza que, a princípio, era criança tímida, pequenina e frágil, foi deitando raízes pelo corpo inteiro, invadindo todas as células, saindo pelos olhos e deles se incorporando ao mundo todo que meu olhar alcança. Outro susto adiante. Não como criança, adolescente ou jovem mulher, descubro meu irmão caçula envolvido no mundo cruel das drogas na longínqua Boa Vista. Ainda hoje, quando ele também está submerso na velhice e distante de nossa infância, soluço de mansinho quando fecho os olhos e lembro de quando brincávamos de mãe e filho: eu o maltratava me fingindo de morta até vê-lo chorar. Era só deitar e cruzar minhas mãos de menina como os mortos jazem nos caixões na hora da partida. O choro dele corria frouxo certo de minha morte e meu riso saía aos borbotões: “lhe peguei! E haja pé para quem te quer”! A corrida para me punir era um castigo certo e gostoso de lembrar. 

Anos a fio, e eu continuo assim. Brincando e chorando. A velhice atingiu minha carcaça. Minha alma continua quase intacta frente às adversidades da vida. Continuo sonhando. Continuo buscando. Continuo sendo feliz ou infeliz durante as estações desta vida, que é minha e nossa. As rugas, não percebi quando surgiu a primeira. Num dia qualquer, lá estavam elas – traiçoeiras, zombeteiras, mas verdadeiras. Através delas, senti o passar dos anos e a desesperança do amor eterno, que não oscila e não vacila. Afinal, as rugas existem quando nossa alma está dolorida. A desesperança existe quando permitimos sua entrada no coração. E aqui estou – exausta das surradas frases de amor, às vezes, meio cansada de viver surpresa diante da crueldade da vida, morrendo aos poucos, buscando deuses, procurando ardentemente momentos de paz, sorrindo ou chorando ao sentir as lembranças do outubro de minha infância correndo sem fôlego ou deslocando-se rumo à hora boa ou à hora má.  Tanto faz. Dá igual...

De qualquer forma, não adianta negar a velhice. Dizer “ser velho é ser velho de espírito”; “fulano tem alma de jovem” é tolice. É tentativa vã de negar que a velhice existe. A velhice faz parte do ciclo da vida. E não significa perda de dignidade e de vontade de vencer, amar e brilhar. Brilhar, com a luz própria desse estágio da vida. Isto porque há dois tipos de velhice. Um é essencialmente biológico. É o cansaço maior. É correr atrás da bola e perdê-la para o adversário distante. É a dificuldade de orgasmo. É a dificuldade de ereção. É a memória fugidia. É a celulite. Os seios flácidos. As pequeninas manchas da pele. É o inevitável. Pesquisadores buscam encontrar substâncias capazes de bloquear o processo de velhice. Teorias tentam entender as causas de envelhecimento. Por enquanto, uma única certeza – a velhice biológica é inevitável, ainda que, hoje, a decadência física não seja mais tão inexorável quanto outrora. As lentes de contato devolvem a visão perfeita que nos deu adeus. Aparelhinhos aumentam sons já não tão perceptíveis quanto antes. Cirurgias, remédios e substitutos permitem a sobrevida dos antigos “condenados”. A harmonização facial, orofacial, corporal e/ou peniana está na onda da vez. Estrogênios tornam possíveis atrativos exercícios sexuais que a mente idealizava e o corpo não mais atendia, a tal ponto que concordo com o ditado que diz: “Se seu médico acha que é natural da velhice a debilidade, a impotência ou algo parecido, mude imediatamente de médico”.

Ao lado desse primeiro tipo de velhice, está a velhice essencialmente social. E é contra essa que podemos e devemos lutar. O velho é marginalizado e oprimido. São fenômenos sociais que favorecem a marginalização e a opressão. O cidadão é velho não tanto porque o seja na idade, nas artérias, nos ovários, na vagina ou nos testículos, nos músculos ou nos neurônios, mas, sobretudo, o cidadão é velho porque assim é decretado. É a sociedade que diz que velha só ama netos e repudia homens. É a sociedade que diz que velho só ama jogos de cartas ou dominó e repudia mulheres.

Por fim, se o tema é a doçura da infância ou seu ocaso, vale rever as palavras de Simone de Beauvoir, quando diz: “não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é meu passado [MINHA INFÂNCIA] que define [meu] futuro. [MINHA INFÂNCIA] é a referência que me projeta e que devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado [E À MINHA INFÂNCIA] devo meu saber e minha ignorância, minhas necessidades, minhas relações, minha cultura e meu corpo.

Logo, se fui uma criança feliz ou uma criança infeliz não importa. Ainda sonho com uma caixa de lápis de cor para colorir meus dias e minhas lembranças mais doídas ou cinzentas do entardecer de minha infância. Plagiando Sergio Fornasari, imploro que o outubro, em suas diferentes acepções (mês ou ocaso), chegue. Venha pleno de ternura e sem amargura, devolvendo-me, de vez em quando, meu sorriso maroto de criança e de adolescente. Traga felicidades, muito amor e pouca dor!


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MARIA DAS GRAÇAS TARGINO

Vivo em Teresina, mas nasci em João Pessoa num dia que se faz longínquo: 20 de abril de 1948. Bibliotecária, docente, pesquisadora, jornalista, tenho muitas e muitas paixões: ler, escrever, ministrar aulas, fazer tapeçaria, caminhar e viajar. Caminhar e viajar me dão a dimensão de que não se pode parar enquanto ainda há vida! Mas há outras paixões: meus filhos, meus netos, meus poucos mas verdadeiros amigos. Ao longo da vida, fui feliz e infeliz. Sorri e chorei. Mas, sobretudo, vivi. Afinal, estou sempre lendo ou escrevendo alguma coisa. São nas palavras que escrevo que encontro a coragem para enfrentar as minhas inquietudes e os meus sonhos...Meus dois últimos livros de crônica: “Palavra de honra: palavra de graça”; “Ideias em retalhos: sem rodeios nem atalhos.”