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12 DE MARÇO: DIA DE AMAR BIBLIOTECÁRIA(O) QUE SE FAZ AMAR

12 de março é data dedicada a reverenciar os bibliotecários brasileiros. Tradicionalmente, realizam-se eventos que marcam a efeméride, como: palestras, solenidades de premiação, e até encontros de profissionais amigos em “barzinho” para brindarem e saudarem a si mesmos pela  ótima escolha profissional – Biblioteconomia. Nos eventos institucionais (conselhos, associações e bibliotecas), sempre há a presença de antigos profissionais, e de cada vez mais novos bibliotecários trazendo nos sorrisos a vibração, que por vezes escasseia aos mais experientes. Neste grupo de novatos destaca-se, também, a crescente participação dos estudantes de Biblioteconomia, que assim manifestam interesse e encantamento com a profissão.

 

Particularmente, no dia 12 de março, minha satisfação foi poder falar aos colegas do Espírito Santo, em evento ocorrido na cidade de Vitória, organizado pelo Conselho Regional de Biblioteconomia – 12a Região, e o Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal do Espírito Santo. Na oportunidade poupei os presentes de abordar temas técnicos. A escolha recaiu sobre a paixão pela profissão. Ser bibliotecário é antes de mais nada uma emoção. Algo que nos atrai e motiva significativamente. Por ser um apaixonado pela Biblioteconomia, passei momentos agradáveis conversando sobre um assunto que gosto, de coração e alma.

 

Apesar das dificuldades inerentes a qualquer profissão, sempre temos motivos para comemorar, pois a alegria profissional é sempre muito maior quando fazemos algo que gostamos. Nada substitui a realização pessoal e profissional proporcionada por uma carreira pela qual se é apaixonado.

 

Certamente, vivenciamos um período de impactos tecnológicos. Grande crescimento e popularização no uso de computadores e outros aparatos interligados em rede. Massiva troca de dados, com otimização das formas de comunicação. Há novos e variados formatos de conteúdos usados na armazenagem e distribuição de informações. Neste cenário, onde alguns prenunciam a morte da Biblioteconomia, o bibliotecário vai encontrando formas novas e criativas de organizar, estocar, representar, e recuperar a informação impressa e digital.

 

Na realidade, não importa qual seja a atividade humana, todo o mundo da informação passa por uma revolução, e essa revolução se estende aos cantos mais recônditos do planeta, e afeta a todas as profissões. Hugh Hewitt comenta que “A vida é hábito. Seres humanos são criaturas de hábitos. As pessoas estão mudando seus hábitos no que diz respeito à obtenção de informação” (Blog. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2007). Assim, para os bibliotecários é importante acompanhar, compreender e fazer-se significativo ao público. O usuário que era e é presencial, é também, agora, virtual (materializado em nossa mente no contato em tempo real por meio de computadores), se não tem face visível, tem interfaces dinâmicas, comunicativas, e colaborativas.

 

Neste aspecto indaga-se: Quem é ou o que faz um bibliotecário? Segundo o Conselho Federal de Biblioteconomia – CFB, é um “profissional qualificado para interagir com processos de registro e transferência da informação (da geração ao uso), interpretando criticamente a realidade social, com uma visão contributiva e consciente de seu papel social e de sua atuação no avanço científico e tecnológico do seu estado e da região, sem desconsiderar as dimensões humanas e éticas do conhecimento, da tecnologia das relações sociais” (O bibliotecário, 2008).

 

Podemos dizer, com outros termos, o que faz um bibliotecário? É um ser humano que por meio de sua atividade estimula sonhos, imaginação, desejos, e encantos nas pessoas. Motiva a tomada de decisão; a busca de alternativas; e as opções de novos caminhos. Incentiva sorrisos, alegrias, o bom humor para vida. Enriquece idéias, incita criatividade e inovação. Orienta os olhares para novos fatos, reflexão da realidade, descobertas que promovam o desenvolvimento humano. Possibilita encontros, agrega pessoas com interesses comuns, gera contatos e parcerias que ampliam horizontes de oportunidades. Com seu trabalho o bibliotecário contribui para tonificar os gestos humanos nas relações e comunicações entre as pessoas, possibilitando a melhora da expressão humana.

 

A identificação do que pode fazer um bibliotecário, permite indagar também, qual é o campo de sua atuação profissional? Seu campo de trabalho é amplo. A aplicação das suas competências (métodos e técnicas) abrange e afeta a razão, a emoção, e as ações das pessoas. Atua-se sobre todos os sentidos humanos aprimorando-os com bons produtos e serviços. O que envolve: a visão da realidade; a audição na percepção dos conceitos e das palavras; acuidade do olfato na seleção das boas idéias e sugestões; o paladar na escolha das fontes consistentes e no conteúdo de qualidade e confiabilidade; o tato na solidificação das relações humanas, expressões de comunicação e carinho; a consciência da própria existência (penso, logo existo). Em suma, o amplo campo de atuação do bibliotecário é o ser humano, em toda a sua infinitude.

 

O enfoque humanista está na essência de construção da Biblioteconomia. Observável com Antonio Panizzi (1797-1879), bibliotecário do Museu Britânico, primeiro a sistematizar um código de catalogação (1839). Ao fazer alusão ao catálogo da biblioteca destaca que o mesmo deveria ter um enfoque social, ou seja, o catálogo ser mais que listagem e mais que um simples guia de conhecimento. Ser um instrumento de transformação da sociedade. Diz ele: “Eu quero que o estudante pobre tenha os mesmos recursos que o homem mais rico deste reino para satisfazer sua vontade de aprender, desenvolver atividades racionais, consultar autoridades nos diversos assuntos e aprofundar-se nas investigações mais intricadas. Acho que o governo tem obrigação de dar a esse estudante a assistência mais generosa e desprendida possível” (M. Battles. A conturbada história das bibliotecas. São Paulo : Ed. Planeta, 2003). Dá uma demonstração de respeito e afeto para com o público.

 

Na história da Biblioteconomia encontramos exemplos de paixão e valorização ao humano e da finalidade da profissão neste sentido. Caso de Paul Otlet (1863-1944), que além de proceder inovação na atividade bibliográfica; sistema de classificação – CDU; e fundar a ciência da documentação; busca o sonho de facilitar o acesso das pessoas à informação por meio de um complexo conjunto de bibliotecas conectadas por canais telegráficos e telefônicos.

 

Mesmo com S. R. Ranganathan (1892 – 1972), em suas cinco leis da Biblioteconomia pode-se observar a preocupação com o bem estar do usuário; um mantra que não deve ser esquecido pelo bibliotecário no desempenho das suas atividades. São elas:

 

n        Os livros são para usar;

n        A cada leitor o seu livro;

n        A cada livro seu leitor;

n        Poupe o tempo do leitor;

n        A Biblioteca é um organismo em crescimento.

 

A questão da imagem social do bibliotecário é preocupação mundial das principais agências profissionais. Exemplo, neste sentido, é o estudo de Hans Prins, “Prestígio, image y reputación de la profesión de bibliotecário: resultado de um estudio empírico” (La Hay: Departamento de Investigación de la Biblioteca y Centro de Lectura de Holanda, mayo 1991), patrocinado pela IFLA. Realizado em 1991, envolveu pesquisa com comunidades bibliotecárias de vários países, e resumidamente constatou que:

 

  • Bibliotecários não são objetos de debate público, ao contrário das bibliotecas. Em termos de Brasil, nos projetos sobre criação de bibliotecas públicas e escolares, o item “bibliotecário” não faz parte dos debates, ou é questão secundária nas discussões (até por questão de custo).

 

  • Bibliotecários não causam problemas, limitam-se a fazer seus trabalhos. Não se planejam a serem e importância vital para nada. Ainda hoje, em termos de Brasil, uma realidade a ser mudada.

 

Pergunta dirigida aos bibliotecários, indagou que: “não é necessário nenhum tipo de formação para efetuar mais da metade dos trabalhos realizados pelo bibliotecário, sem prejuízo da profissão”. As respostas indicaram que:

 

n        32% dos bibliotecários estão de acordo

n        11% dos bibliotecários têm dúvidas a respeito

 

No total: 43% das respostas denotam falta de confiança do bibliotecário em relação a sua própria profissão. Pode haver uma desconexão com nossa própria história, ou compreensão sobre o que somos e para quem fomos constituídos. Porém, a falta de confiança se refletiu nas respostas para a questão que indagava se “a profissão goza de escasso prestígio”. Constatando que:

 

  • 26% estavam totalmente de acordo;
  • 56% estavam de acordo;
  • 8% manifestaram indecisão; enquanto 9% desacordo;
  • Apenas 1% informaram estar em desacordo.

 

As respostas demonstraram que a maioria dos bibliotecários estava convencida do baixo prestígio profissional. E, neste sentido, os fatores que determinavam a situação eram:

 

  • Atividade feminina
  • Desconhecimento da profissão
  • Qualidade do serviço
  • Salários
  • Voluntariado
  • Responsabilidade social
  • Imagem Insossa
  • Requisitos acadêmicos
  • Luxo desnecessário

 

A auto-estima baixa dos bibliotecários era um fator recorrente na maioria dos países. Uma situação na qual o profissional se sente inadequado, inseguro, com dúvidas, incerteza do que realmente é, com um sentimento vago de não ser capaz de superar desafios ou impor seu espaço no mercado de trabalho. No âmbito das relações profissionais, o bibliotecário não acredita ser capaz de se fazer amar pelo seu público, de fazer algo que é importante. De se cuidar (aprimorar e atualizar), desenvolvendo assim um sentimento de insegurança muito profundo, que leva a desistir de tudo que começa ou pensa realizar ou batalhar em benefício do seu usuário. É uma questão de mudança de postura, de valorar sua auto-estima.

 

O poeta romano Ovídio (Publius Ovídio Naso, 43 a.C. - 17 d.C.), em sua obra “A arte de amar” (Porto Alegre: L&PM, 2001), dizia que: “O que se esconde fica desconhecido; o que é desconhecido não desperta nenhuma paixão. Não tiramos nenhum partido de um lindo rosto, quando não há ninguém apreciá-lo. Com cantos você poderia suplantar Tâmiras e Amebeu; se as notas de sua lira não forem ouvidas, não lhe trarão grande fama.”.

 

No dizer de Ovídio, é preciso que o bibliotecário se faça visível, tangível e presente à sociedade. Não só exercendo com competência o seu trabalho, mas o fazendo com paixão. Que o usuário não seja discurso, mas ato. Que os desejos e anseios da sociedade faça parte das lutas e defesas dos bibliotecários. É preciso amar o usuário, mas para saber amar, é preciso saber deixar alguém te amar, como nos lembra o refrão da música dos Paralamas do Sucesso (Saber Amar de Herbert Vianna).

 

Na intenção de melhorar continuamente a auto-estima e o prestígio profissional alternativas existem, e são muitas, a principal está individualmente em cada bibliotecário – na postura e atitude de construção e fortalecimento da profissão. Não podemos ser profissionais “pipoca” que estouram diante do primeiro usuário esquentado que adentra a biblioteca. Nem bibliotecários “diabéticos” que não conseguem ser doce com o público ou com os próprios colegas de trabalho.

 

Outras atitudes envolvem tornar, por exemplo, a biblioteca mais sexy, mais atrativa aos usuários e “não usuários”. Um espaço agradável de se estar e compartilhar com outras pessoas. Assim como são as livrarias atualmente, ambientes nas quais as pessoas marcam encontros, conversam, namoram, assistem shows e palestras, e até compram livros. Bibliotecas devem ser lugares interessantes para as pessoas dedicarem bons momentos do seu tempo, além de serem gratuitas.

 

Neste sentido, do lado institucional da Biblioteconomia, ações mundiais têm sido realizadas. A ALA (American Library Association), com a campanha “@your library” de uso e valorização da biblioteca e do bibliotecário. A FEBAB (Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições), apoiando a iniciativa norte-americana lançou no Brasil a campanha “N@ sua biblioteca”. Conselhos Federal e Regional de Biblioteconomia, tradicionalmente, realizam ações de valorização da profissão, até por constar nos parágrafos da lei de regulamentação profissional (Lei 4.084/1962 e 9.674/1998).

 

Já os bibliotecários precisam ser mais sedutores e interessantes aos seus usuários. Acolher as pessoas com um sorriso verdadeiro, e palavras de recepção que mostrem ao público ser ele a coisa mais importante na biblioteca. É preciso saber amar e se fazer amar profissionalmente.

 

Mas, se até aqui (no texto) a impressão é que o bibliotecário não é amado, ledo engano. Precisamos fortalecer este sentimento da parte do usuário. Exemplos existem, basta observar no entorno. É o caso do poeta Carlos Drummond de Andrade, cujos versos do poema “Campo de Flores” são dedicados à bibliotecária Lygia Fernandes, um amor que ele conheceu na Biblioteca Nacional (1951), e que durou por 36 anos, até sua morte.

 

Campo de flores

 

Deus me deu um amor no tempo de madureza,

quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.

Deus – ou foi talvez o Diabo – deu-me este amor maduro,

e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.

 

Pois que tenho um amor, volto aos mitos pretéritos

e outros acrescento aos que amor já criou.

Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso

e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.

 

Mas sou cada vez mais, eu que não me sabia

e cansado de mim julgava que era o mundo

um vácuo atormentado, um sistema de erros.

Amanhecem de novo as antigas manhãs

que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.

 

Mas me sorriam sempre atrás de tua sombra

imensa e contraída como letra no muro

e só hoje presente.

Deus me deu um amor porque o mereci.

De tantos que já tive ou tiveram em mim,

o sumo se espremeu para fazer vinho

ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.

 

E o tempo que levou uma rosa indecisa

a tirar sua cor dessas chamas extintas

era o tempo mais justo. Era tempo de terra.

Onde não há jardim, as flores nascem de um

secreto investimento em formas improváveis.

 

Hoje tenho um amor e me faço espaçoso

para arrecadar as alfaias de muitos

amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes,

e ao vê-los amorosos e transidos em torno,

o sagrado terror converto em jubilação.

 

Seu grão de angústia amor já me oferece

na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia

os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura

e o mistério que além faz os seres preciosos

à visão extasiada.

 

Mas, porque me tocou um amor crepuscular,

há que amar diferente. De uma grave paciência

ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia

tenha dilacerado a melhor doação.

Há que amar e calar.

Para fora do tempo arrasto meus despojos

e estou vivo na luz que baixa e me confunde.


 

 

Também para ela, que Drummond dedicou os 40 poemas eróticos que compõem o livro “O amor natural”. Se o poeta maior sabia amar, e como amar uma bibliotecária, nos permite dizer que: “Somente os homens cultos e inteligentes amam as bibliotecárias. Já, os ratos as bibliotecas”.

 

Outro exemplo de paixão desbragada pela bibliotecária, encontrado na Web, é o poema dedicado às Bibliotecárias, de Valdir Costa.

 


Você já esteve tão confuso, que precisaria de uma
bibliotecária para te reorganizar?

Preciso urgente uma bibliotecária para minha amada.

Para organizar as paginas de minha vida tão na apatia

Não precisa nem ter nenhum curso nem ser formada.

Só quero que me leia pelos olhos, e transborde energia

 

Fruto de nova fase, novos tempos e nova direção.

No seu currículo não exigiria experiência passada.

Apenas que me fizesse ter uma tamanha paixão.

Que minhas páginas anteriores tornar-se-iam nada.

 

Que me fizesse arder de amor a cada beijo enfurecido

Que me fizesse ter o ardor que pareço ter esquecido.

Que me fizesse brilhar ao simples olhar despercebido.

Que me fizesse na cama dormir com o corpo dolorido.

De tanto fazermos amor e tudo que nos é permitido.

Será que isto ainda existe ou estou somente iludido.

 

Sei lá que fazer com tempos com vento com aurora.

Quero mulher predadora que envolve e que devora.

Quero que seja ciumenta, sinta falta de minha demora.

 

Sei pedir muito da vida, mas não me custa nada sonhar.

Afinal a felicidade deve procurar sempre do meu jeito.

A esta altura da vida quero só com amor me preocupar.

Chega dos, entretanto da vida quero só o amor perfeito.

 

Quero utopia sonhada e procurada a cada aurora.

Tenho o tempo e o olhar atento como meus aliados.

Decisão e o pensamento estão totalmente dedicados.

Saber distinguir ao ver que este lume que me devora.

Minha outra parte existe, não vou então me acomodar.

E somente conter a procura no dia que puder encontrar.


 

 

Até no cordel o afeto pelo bibliotecário é manifestado. Indicativo sobre como o profissional pode ser inspirador. Caso do “Cordel Parabéns Bibliotecário” de César Obeid.

 

 


Peço a Deus inspiração

Pra ditar neste papel

De alguém que faz dos livros

O mais belo painel

Seu trabalho é diário

Falo do bibliotecário

Com as rimas de cordel.

 

A leitura é um universo

Que fascina multidões

Que dá asas para a vida

Nos liberta dos grilhões

Letras são seus santuários

Esses são bibliotecários

São dos livros, guardiões.

 

Através dessas leituras

Vão saber dos meus segredos

Os meus sonhos e vontades

Meus caminhos, meus enredos

Minhas dores e alegrias

Meus sorrisos, fantasias

As vontades e os medos.

 

Com os livros são zelosos

E com eles têm ternura

Facilitam o acesso

Para o mundo da cultura

Uns dos livros têm ciúmes

Amam sempre os perfumes

Que exalam da leitura.

 

Incentivam o leitor

Para o bom desconhecido

A um mundo de palavras

E de sonho colorido

Seja homem ou mulher

Sempre sabe o que quer

Seu leitor muito querido.

 

Preservando os seus livros

Todos eles maravilham

Ao caminho dos leitores

Os seus passos sempre trilham

A leitura é seu sabor

Quando ganham um leitor

Os seus olhos sempre brilham.

 

Também sempre organizam

Todos os bancos de dados

E se responsabilizam

Por tê-los classificados

Todos dados armazenam

E nenhum querer condenam

Todos são orientados.

 

Mas às vezes seu trabalho

Tem anônimo valor

Isso ao bibliotecário

Nunca, nunca causa dor

Vive pra ganhar leitores

Ajudar pesquisadores

Como multiplicador.

 

Seus caminhos são precisos

As ações tão necessárias

Das bibliotecas públicas

Infantis, comunitárias

Sejam aquelas populares

Ou então as escolares

Mesmo as universitárias.

 

Tem os das bibliotecas

Que são especializadas

Para uma área restrita

Suas áreas são voltadas

Novo mundo pode ver

Orientando o saber

Com pesquisas detalhadas.

 

Eles que nos facilitam

Pra ter a informação

Mais do que arrumar estantes

É a total transformação

De uma arte pra ciência

Todo dia uma experiência

Entra em seu coração.

 

Comum é os bibliotecários

Promoverem oficinas

Sessões e exposições

De leituras superfinas

Encantando com histórias

Retiradas das memórias

Os meninos e meninas.

 

E na era da Internet

Em que tudo é progresso

Nesse mundo tão high-tech

Será que eles têm ingresso?

Não importa muito o meio

Nos ofertam o bom passeio

Para todos o acesso.

 

Mas não são somente flores

No dia dos bibliotecários

O trabalho muito estressa

E também baixo salários

Fazer os investimentos

Para os reconhecimentos

Serão sempre necessários.

 

Vou parar o meu cordel

Com amor e alegria

Mas o verso bem rimado

Sempre, sempre prestigia

Quem adora os glossários

Salve os bibliotecários

Adeus, até outro dia.


 

No embalo desta emoção, também ouso lançar uma campanha de valorização e paixão explícita aos bibliotecários e bibliotecárias. Ainda que modesta.

 



O que importa mesmo é poder dizer aos usuários em geral qual o valor de amar bibliotecária(o). Pode ser até que ele saiba, mas não custa estimular e reforçar esse sentimento. Afinal,

 

n        Amar Bibliotecária (o) é... Valorizar a mente humana.

n        Amar Bibliotecária (o) é... Descolar-se do convencional.

n        Amar Bibliotecária (o) é... Reinventar-se de forma mais aprimorada.

n        Amar Bibliotecária (o) é... Melhorar a qualidade do próprio pensamento.

n        Amar Bibliotecária (o) é... Argumentar os sentimentos.

 

Por fim,

 

Ninguém mais do que você sabe o que é amar bibliotecária(o). Ninguém mais do que você sabe se fazer amar ou amar a alguém.

 

A profissão pode ser uma emoção, canção e poema – só depende de cada um de nós...

 

A todos os colegas bibliotecários, estudantes e simpatizantes à causa bibliotecária:

 

PARABÉNS PELO DIA DO BIBLIOTECÁRIO! QUE A DATA SEJA FESTEJADA COM MUITA PAIXÃO.

 

 




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FERNANDO MODESTO

Bibliotecário e Mestre pela PUC-Campinas, Doutor em Comunicações pela ECA/USP e Professor do departamento de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP.