LITERATURA INFANTOJUVENIL


LIVRO OU COMPUTADOR?

Izabel Maria de Aguiar

Inverno de 2011.

 

Sou bibliotecária e mãe da linda e meiga Ana Carolina. Dias atrás, fiquei super orgulhosa e feliz em ouvir minha filha, de apenas 6 anos, dizer que prefere livro ao computador.

 

Ela estava brincando que era repórter de televisão e com um microfone improvisado, saiu pela casa entrevistando todos que encontrava pela frente: mãe, tia, tio e a prima Elisa, que também tem 6 anos.

 

As perguntas eram sempre as mesmas:

- Qual é o seu nome? (Tínhamos que inventar um nome).

- O que você faz? (Inventar uma profissão).

- Qual seu animal preferido?

- Qual sua cor preferida?

 

Quando chegou a hora de entrevistar a prima, além das perguntas acima, ela perguntou:

- Você gosta mais de livro ou de computador?

 

Quando a prima respondeu que gostava mais de computador, ela disse:

- Ah! Que chato! Eu gosto mais de livros.

 

Dá para imaginar a minha alegria ao ouvir esta afirmação?

 

Se Bill Gates, fundador da Microsoft, controla o tempo de uso do computador dos filhos, e já demonstrou sua preferência por livros, dizendo: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros.”, imagina então o que deseja para sua filha, uma mãe bibliotecária? No mínimo que goste de ler!

 

Desde pequena ela demonstrou interesse pelos livros. Primeiro comendo-os. Sério! Ela comia os livros; tanto que eu tinha que ler para ela e depois esconder os livros. Até hoje ela gosta de mastigar papel e às vezes ainda encontro algum livro faltando as beiradas.

 

Hoje, com seis anos, e já toda faceira, faz suas próprias leituras. E como a mãe, lê tudo que vê pela frente: gibis, encartes, bulas de remédio, jornal velho, revistas e claro, livros.

 

Eu sempre gostei de literatura infantil e já tinha uma coleção razoável. Depois que a Ana Carolina nasceu, é claro, esta coleção que agora é dela, está aumentado a cada dia.

 

Quando alguém pergunta o que dar à Ana de presente de aniversário, Natal, dias das crianças, eu sempre sugiro um livro.

 

E assim fizeram, entre outros, à prima Ligia Torino (adulta e bibliotecária), presenteando-a com o maravilhoso livro Vida de princesa. A tia e também madrinha Elda, com o livro Fadinha Aninha.  A querida amiga Sueli Bortolin com o clássico Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque. E seu pai, um grande incentivador da leitura, que semanalmente a presenteia com um gibi ou livro de atividades.

 

Posso dizer que a biblioteca da Ana cresce, assim como o seu interesse pelos livros e pela descoberta das palavras. Ah! Que felicidade, a minha e a dela!

 

 

REFERÊNCIAS

 

BUARQUE, Chico. Chapeuzinho amarelo. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.

PENSADOR.INFO. Bill Gates. Disponível em: http://pensador.uol.com.br/autor/bill_gates/. Acesso em: 14 ago. 2011.

RYAN, Margaret. Fadinha Aninha: música mágica. São Paulo: Fundamento, 2007.

VIDA de princesa. São Paulo: Melhoramento, 2006.


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SUELI BORTOLIN

Doutora e Mestre em Ciência da Informação pela UNESP/ Marília. Professora do Departamento de Ciências da Informação do CECA/UEL - Ex-Presidente e Ex-Secretária da ONG Mundoquelê.