MARIA CRISTIANE BARBOSA GALVÃO
Aos 17 anos eu buscava uma profissão em que eu pudesse estudar e aprender diariamente. Na época, eu tinha muito interesse pela geografia, pela física, por letras e pela arquitetura. Contudo, não me via como uma futura professora de ensino fundamental. Também não tive oportunidade de ter acesso a um curso técnico de desenho para realizar a prova de conhecimento específico do vestibular de arquitetura. Então, descartei a arquitetura, a geografia, as letras e a física. Meu pai queria que eu fizesse um curso mais tradicional como direito, mas eu queria uma profissão de caráter mais inovador, diferente do comum, do óbvio, na qual eu não dependesse do meu status familiar para ter sucesso. Diante dessa busca, um dia, assistindo o Programa Vestibulando da TV Cultura, vi uma entrevista com um famoso professor sobre o curso de biblioteconomia. Descobri, então, que se tratava de um curso no qual eu precisaria ler, estudar e aprender coisas novas todos os dias. Nesse momento, optei pela biblioteconomia e esta foi minha primeira opção no vestibular. Hoje, sou docente na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo onde ministro várias disciplinas relacionadas ao ciclo informacional. Além disso, mantenho um projeto como foco na disseminação de informação em saúde para o público carente e leigo. Considero-me uma bibliotecária sem biblioteca, mas a serviço dos princípios da profissão.
Maria Cristiane Barbosa Galvão - Professora universitária - Ribeirão Preto / SP