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TORONTO: A CIDADE DO NOVO ILUMINISMO NA CATALOGAÇÃO BIBLIOGRÁFICA – PARTE III

Prosseguindo sobre as mudanças na catalogação, e que tiveram como marco simbólico a Internacional Conference on the Principles and Future Development of AACR, realizada na cidade de Toronto (Canadá), em outubro de 1997, segue-se com a terceira parte do texto, baseado no relato de Barbara Ann Barnett Tillett.

O terceiro e último dia, do evento, teve início com a exposição de Mick J. Ridley (University of Bradford) sobre as regras da catalogação e o formato MARC na criação de registros nos OPACs. Ele buscou no manual do MARC, ao invés da AACR, respostas sobre a concepção dos futuros catálogos online. Indicou que a alternativa do "opcional” era frustrante, na medida que os computadores necessitavam de regras. Questionou a morosidade dos detalhes inseridos na descrição física para materiais impressos e que se espalha por todo registro MARC, porém são dados sem a devida valoração de importância para o uso desse material. Observou que, nos OPACs, pode-se mesclar assuntos com autores e títulos e informar quantos registros deseja-se recuperar. Destacou a utilidade dos títulos curtos para usar em uma sequência de agrupamentos de registros. Salientou que o protocolo Z39.50 pode ser o início de um outro conjunto de problemas, porque o bibliotecário recebe de volta dados que não espera. Ele sugeriu deixar a cargo do usuário a decisão quanto ao tipo de apresentação bibliográfica mostrada na tela do computador, além de oferecer outras possibilidades de visualização. O usuário poderia preferir visualizar as descrições no estilo de referenciação bibliográfica para copiar e colar nas suas bibliografias. 

Ridley destacou a ausência de editores na Conferência e cuja presença contribuiria para a conscientização do impacto da cooperação para obter melhor acesso aos seus materiais. Ele entendia que o SGML (Standard Generalized Markup Language) tinha um mau desempenho, entretanto, oferecia a possibilidade de personalizar as visualizações para os usuários em um nível individual e que isso era especialmente bom para os deficientes visuais. Também era poderoso no gerenciamento de hierarquias e relacionamentos. No que refere aos textos não romanos, os catálogos fizeram um bom trabalho no passado, com a transcrição, mas esse se perdeu ao entrar no ambiente online e, agora, era necessário retornar para resolver esse problema. Forneceu exemplo ao precisar o caso de dois autores como sendo a citação de uma obra, ao invés da ideia de entrada principal para um único autor e título. Na sessão de “Perguntas & Respostas”, um outro modelo de indicação de entrada foi mencionado: 'Masters & Johnson'. Também apoiou o uso de metadados para “coisas” que de outra forma não seriam organizadas. Quanto as regras, ele sugeriu haver uma representação gráfica dos princípios da catalogação na introdução da AACR e uma linguagem unificada de modelagem de dados, o que ajudaria na automação. Sugeriu, ainda, que era preciso mais controle e menos descrição nos registros. 

Na programação do evento, deveria ocorrer uma demonstração do “super registros”, desenvolvido por Rahmatollah Fattahi. Infelizmente, ele havia trazido o conjunto errado de disquetes, não sendo possível demonstrar o protótipo [Prototype Catalogue of Super Records]. No entanto, explicou que os “super registros” não eram os mesmos que os registos de autoridade da obra, na medida em que incluíam notas de escopo, além de poderem incluir a identificação das expressões das obras ou de indicar as funções que uma pessoa poderia realizar para ajudar na navegabilidade de um catálogo. 

Um índice de títulos uniformes poderia ser usado para acessar os “super registros”, que objetiva indicar as obras. Por exemplo, quando um conjunto de resultados de pesquisa recupera 7.000 registros, no catálogo, todos com o mesmo nome, o usuário visualiza uma listagem que explica o resultado. Quando há mais de uma instância, o software deve orientar o usuário para o índice de títulos uniformes ou para o arquivo de autoridade. Isso não envolveria qualquer mudança do formato MARC.

No entanto, os “super registros” são específicos para a biblioteca e não para as utilidades bibliográficas ou ambientes de registros compartilhados. A pergunta sem resposta, novamente surgiu, em relação a forma como as séries poderiam ser tratadas, nos “super registros”. 

Elaine Svenonius, citando o artigo de Allyson Carlyle, sobre o uso de classificação para ordenar os resultados de pesquisa [The Role of Classification the Creation of Author and Work Displays in Online Catalogs. Presented at the 6th International Study Conference for Classification Research, June 1997, University College London], observou que nem todas as manifestações são classificadas em conjunto, mas que tal abordagem poderia ajudar.

Jean Weihs, ex-presidenta do Joint Steering Committee for the Revision of AACR (JSC) e relatora da Conferência, comentou sobre os passos seguintes. Iria compilar os documentos do evento, atuando como editora, acrescentando informações e sintetizando as discussões, bem como os comentários circulados na lista de discussão da listserv. Em seguida, ela apresentou os temas para discussão em grupos, que o JSC havia estruturado. Os grupos foram instados a indicar prioridades de ação e a recomendar agências, comissões ou grupos de trabalhos que fornecessem fundamentos, pesquisa ou outros dados relevantes para os temas propostos. Os temas destinados aos grupos foram:

o Princípios

o Introdução a AACR2 (além dos princípios)

o Regras baseadas em casos

o Terminologia

o Periodicidade/Seriados

o Registros da autoridade de Obra

o Conteúdo vs. Suporte

o Internacionalização da AACR2

o Processo de revisão

Cada grupo contou com a participação de um membro do JSC. Após as discussões, passaram a relatar os seguintes aspectos:

Princípios

O “princípio fundamental” 0.24 não é um princípio, mas sim um método de procedimento vinculado ao atual arranjo dos capítulos do código e precisa ser revisto uma vez que o código seja revisto. 

[0.24 – É necessário ressaltar todos os aspectos do item que está sendo descrito, inclusive o seu conteúdo, o seu suporte físico, seu tipo de publicação, suas relações bibliográficas, bem como o fato dele ter sido publicado ou não. Em qualquer área da descrição física, todos os aspectos relevantes deveriam ser descritos. Seguindo uma regra prática, o catalogador deveria aplicar as regras mais específicas ao item que está sendo catalogado sempre que diferirem as regras gerais. (fonte: AACR2r)]

O código se destina a ser aplicável a todas as mídias e bibliotecas de todos os tamanhos. Ele, também, deve indicar clara e explicitamente as funções do catálogo e os princípios em que se baseia. As regras estão lá para ajudar catalogadores e desenvolvedores de catálogos. O código deve fornecer o contexto para o qual os catálogos de bibliotecas façam parte de um catálogo virtual maior. As regras devem resultar em um catálogo bibliográfico que reúna, de forma útil, os objetos que satisfaçam a pesquisa e que forneçam indicações úteis e inteligentes das obras e suas relações.

Introdução a AACR2 (além dos princípios)

Uma nova introdução, na ordem de prioridade, deve identificar o motivo de catalogarmos; o que um catálogo faz; e qual a função desempenhada pelo código de catalogação, na criação de um catálogo bibliográfico. Deve indicar se é baseado na ISBD, tendo o MARC como o principal suporte, mas reconhecendo também outros formatos de comunicação. Deve-se enfatizar a importância das telas de exibição do catálogo, mas não fornecer uma tela de exibição específica. Deve haver guias específicas de catalogação, porque as regras não devem explicar todos os detalhes necessários para determinadas aplicações (música, legislação, arquivos, materiais não impressos, etc.). As restrições devem mencionar as regras, mas não sua prescrição. A introdução deve ser clara, concisa e livre de jargões e todo o material histórico deve ser movido para um apêndice. Deve haver também informações claras sobre o processo de revisão.

Regras Baseadas em Casos

Os casos específicos das regras, na Parte 2, devem ser analisadas à luz da revisão dos princípios, visando eliminar aqueles que não são necessários, uma vez que os princípios tenham sido definidos. É necessária uma definição de obra. Também deve existir instruções concisas para os materiais especiais (arquivos, música, leis) e manuais especiais que possam ser certificados pelo JSC, responsável pela elaboração das regras. Necessidade de uma revisão dos padrões existentes, além de coordenação entre as entidades relevantes (American Association of Law Libraries – AALL, Society of American Archivists – SAA, etc.) com as entidades identificadas para certificar as guias, e não o JSC certificando tudo, mas assegurando que as guias sejam escritas dentro do espírito da AACR.

Terminologia

Embora este grupo não tenha determinado a lista de termos que precisam de definição (exceto título uniforme e publicação), foi comentado que o código deveria ser claro, conciso (como observado pelo grupo Introdução), sem jargões. Termos devem ser de uso comum e, quando damos um significado desviante, esse deve ser explicado. Foi recomendado que examinássemos quem está usando as regras e quem quer usá-las e para qual finalidade, além de não se confundir AACR com um código internacional. Posteriormente, os participantes sugeriram os termos que necessitavam de reformulação ou redefinição:

o examinar os termos FRBR: obra, expressão, manifestação (e verificar a necessidade da edição), e o texto;

o publicação e inéditos;

o edição, especialmente no que se refere ao material eletrônico, as edições de série e as edições emitidas simultaneamente;

o designação e termos de série;

o classe (redefinir);

o entrada principal;

o arquivo de computador;

o objeto-exceto artefato tridimensional;

o visualização - para dados numéricos e arquivos primário. Visualização secundária, por classe de linguagem era agora restrito a cartografia;

o tratamento de materiais inéditos;

o registro de autoridade; e

o registro.

Periodicidade/Seriado

Recomendou-se adotar a abordagem tridimensional para as regras catalográficas, incorporar o conceito de “publicações em curso”, e adotar Modelo B (para redefinir a série como “uma entidade bibliográfica destinada a ser continuada indefinidamente. Ela pode ser sequencial (emitida em sucessivas partes) ou cumulativa (como as bases de dados e as entidades bibliográficas que são atualizadas, tais como as publicações de folhas soltas)”). Recomendou-se, também, fixar a descrição baseada no primeiro fascículo para os exemplares sucessivos e o mais recente para os seriados cumulativos. Além de substituir a “fonte principal” pela “fonte de título”. Folhetins eletrônicos devem ser considerados acumulativos, reconhecendo que estes são um problema para ISSN. As mudanças de título devem ser harmonizadas com as práticas ISSN, trabalhando cooperativamente para melhorar ainda mais as mudanças. Registros bibliográficos para periódicos devem se esforçar para identificar, em vez da transcrição, sendo a transcrição apenas da área do título. Recomendou-se mudar as regras de títulos uniformes para traduções, com a finalidade de incluir regras para a cumulação de entidades no capítulo 1 e capítulo 12. Os grupos que deveriam estar envolvidos são: ISSN International Centers, ISBD (S) revisores, ALA (incluindo Committee to Study Serials Cataloging) , o CONSER's Operations Committee, AALL, as comissões MARC nacionais e desenvolvedores de designações de citação (abstraindo e links de indexação para bancos de dados de periódicos).

Registros de Autoridade para Obra

Criação de registros de autoridade para obra seria uma boa ideia, no sentido de aumentar: a usabilidade dos catálogos; a eficiência para os usuários e funcionários; e dar maior eficácia aos custos do catálogo. 

O grupo apresentou os seguintes pressupostos: as regras deveriam assumir a obra como definido no FRBR; a autoridade da obra seria um processo oportuno para ambientes de recursos compartilhados. Já havia as obras e expressões nos registros de autoridade, portanto, os registros de autoridade para obra deveriam ser independentes, podendo basear-se em regras e estruturas existentes, e utilizando os registros existentes. Como prioridades, o grupo recomendou:

  • o Committee of Principals deve contratar um consultor para adotar a modelagem conceitual na resolução das práticas existentes para o título uniforme, além de identificar o que incluir em registros de autoridade para obra.
  • mudanças devem ser propostas para as regras do capítulo 26 para incluir registros de autoridade, rubricas de controle, e estabelecer o seu valor como dispositivos de união; e, na introdução da Parte 2, incluir explicação da sua finalidade, ou seja, para criar um vocabulário controlado para acessar e colocar entidades, deixando claro que o controle da autoridade define o que um catálogo é; e explicar o processo de revisão regra.
  • optar pelo trabalho com fornecedores, MARBI, etc., para identificar um processo, para extrair elementos de registros bibliográficos existentes, para criar registros de obra; para geração automática de registros de autoridade (retrospectivamente e em tempo real).
  • o JSC deve divulgar a sua visão para o futuro (tem um plano estratégico e operacional); uma visão sugeriu que poderia ser a de maximizar a utilidade da estrutura sintética do catálogo para melhorar a sua utilidade.

Conteúdo vs. Suporte

Remoção do termo “física” da regra 0.24 e omitir “no primeiro” e reformular a “classe dos materiais na qual esse item pertença”, e rever as classes de material (lembrando que a forma física não é sempre uma classe de material). Quando um item exibe mais de uma classe, esclarecer o que deve ser feito. Definir “reprodução”, no glossário. Adicionar às regras que nenhuma pesquisa será exigida quando a informação não for encontrada no item. Adicionar uma regra para as publicações simultâneas ou uma nota informando que deve ser feita uma referência e dar a forma dessa referência. 

Adotar as LCRIs como a base para as regras de publicações simultâneas, mas reconhecer como híbridos nos GMDs para a descrição do original. As regras devem basear-se nas áreas da ISBD, mas não será crítico realizar as alterações imediatamente. Como alta prioridade, utilizar a abordagem prática adotada pelo MARBI, ao preferir conteúdo sobre o suporte. A responsabilidade deve recair sobre o JSC e a comunidade de catalogação não MARBI. O capítulo 9 deve ser revisado, talvez adicionando um GMD eletrônico, assim como a ISBD (ER) deve ser alterada para “recurso eletrônico”.

Internacionalização da AACR2

Seria importante internacionalizar as regras, porque a informação se torna cada vez mais global, e os registros são mais fáceis de serem intercambiados. Há benefícios para o acesso do usuário, e economia de custos potenciais. Este deve ser um processo evolutivo de integração e não só de acréscimo. O grupo recomendou que:

  • o JSC e o Committee of Principals devem convidar os países interessados para estabelecer um mecanismo de diálogo;
  • o código deve ser renomeado para uma data posterior;
  • quando houver revisões, as discussões internacionais precisam ser consideradas, estar alinhada com o que é falado sobre as regras, em especial as que iriam para os manuais, gerando um núcleo do código que define as entidades a serem codificadas e utilizando o arquivo de Autoridade Anglo-Americano;
  • a linguagem e os conjuntos de caracteres devem ser acomodados nos arquivos de autoridade internacionais como um pré-requisito para a internacionalização, e o Unicode pode ser um bom caminho a seguir;
  • considerar a AACR como uma parte da rede internacional de padronização como: MARC, ISBD, IFLA's Form and Structure of Corporate Headings (FSCH), etc.

Eles passaram a propor:

§ a criação, pelo JSC, de um grupo restrito de usuários para permitir o diálogo com interfaces nacionais de cada país;

§ que o JSC investigasse as maneiras pelas quais a revisão pode ser internacionalizada;

§ fosse conduzida pesquisa de uso nos países de fora da comunidade de países membros anglo-americanos, dos países que utilizam a AACR2 como base para os seus códigos nacionais, e dos interessados em mudar para a AACR;

§ que fosse montada níveis de associação: membros plenos (os membros originais, incluindo Austrália), usuários afiliados e partes interessadas.

Outros grupos e entidades envolvidas, incluindo a ALA se associaram para configurar um servidor de listas (Karen Muller ofereceu a ALA para sediar a listserv, quando for decidida sua instalação), a lFLA Section on Cataloguing, a IFLA Office for UBCIM, os comitês nacionais de catalogação, Consortium of European Research Libraries - CERL e Ligue des Bibliothèques Européennes de Recherche - LIBER e outros equivalentes regionais, International Organization for Standardization - ISO, e as pessoas envolvidas com pesquisas correntes, como o REUSE Project na Alemanha, o trabalho de revisão e harmonização da Rússia, a COBRA initiative na British Library, o Project ONE na Austrália, e a networked OPACs na Europa.

Processo de revisão

Um pequeno grupo iniciou o seu relatório com uma análise da estrutura corrente da governança da AACR. Grupo composto do Committee of Principals, incluído os funcionários “seniors” da Library of Congress, da British Library, da National Library of Canada, da American Library Association (ALA), a Library Association (LA-currently serves as the chair) e da Canadian Library Association (CLA). Eles supervisionaram o fundo da AACR, que é derivada da venda e licenças concedidas do código. O dinheiro do fundo suporta as reuniões e as despesas com as publicações da AACR. O Committee of Principals também supervisiona o trabalho dos editores da AACR (ALA, CLA e LA) e o trabalho do JSC.

O JSC inclui como membros, representantes do Australian Committee on Cataloguing (ACOC), do Canadian Committee on Cataloguing (CCC), da Library Association, ALA, da British Library, e da Library of Congress. Os representantes da ALA e da LA são indicados por seus comitês nacionais: CC:DA (Committee on Cataloging: Description and Access) e LA/BL (Library Association/British Library Committee on AACR2), respectivamente.

As recomendações foram:

  • comitês nacionais devem encontrar formas de tornar públicas a maioria de suas decisões, sem necessidade de reunião em uma sala;
  • devemos definir uma relação clara entre o JSC e o editor;
  • devemos melhorar a divulgação do processo de revisão; e
  • se houver variedade de revisões, um editor será necessário juntamente com uma definição clara de quais grupos alimentaram o processo, devendo estabelecer uma via rápida de 18 meses.

Após apresentação dos Grupos, Ralph Manning encerrou o evento comentando que as recomendações seriam discutidas pelo JSC, juntamente com Ross Shimmon, presidente do Committee of Principals, nas reuniões pós-conferência. As declarações sobre a conferência seriam publicadas, incluindo a intenção do JSC de como pretenderia abordar os itens das ações. O Committee of Principals reuniu-se em fevereiro de 1998 para seguimento às recomendações. [Anais publicados: Proceedings of the International Conference on the Principles and Future Development of AACR. Toronto, Ontario, October 23-25, 1997. American Library Association, Chicago and London, 1999.]. Uma nota também foi encaminhada a comunidade bibliotecária de catalogação (1).

A discussão da conferência, na listserv, foi interrompida e os resultados da conferência publicados. O site JSC seria utilizado para fornecer instruções sobre como propor revisões para as regras catalográficas.

Ao final do dia 3, houve um jantar, buffet italiano. Foi um encerramento de Conferência no qual os participantes puderam conversar informalmente. Afinal, o catalogador não pode se limitar apenas a gula por registros em seus catálogos, mas se o paladar permitir, saborear uma indescritível massa italiana. Como dizem os italianos: "mangiare per vivere e non vivere per mangiare" (comer para viver, não viver para comer).

NOTAS

1. Nota do JSC destacando que a Internacional Conference on the Principles and Future Development of AACR, realizada de 23 a 25 de outubro de 1997, em Toronto, Canadá, resultou em uma série de ações e recomendações e o JSC estava encarregado de estabelecer um plano de ação a ser implementado em conjunto com o Committee of Principals da AACR. Imediatamente, após a Conferência, em sua reunião anual, o JSC discutiu os resultados da mesma. Os itens listados das ações, abaixo citadas, foram identificadas para implementação imediata. Além disso, os Anais da Conferência serão publicados em conjunto com ALA, a Associação Canadense de Bibliotecas e a Associação de Bibliotecas sob o cargo de editor de Jean Weihs. Os seguintes itens de ação, desenvolvidos pelo JSC, a partir das prioridades identificadas durante a Conferência:

§ Recomendar a adoção de uma técnica de modelagem de dados para a análise lógica dos princípios e estruturas que sustentam a AACR.

§ Criar uma lista de princípios da AACR2.

§ Formalizar recomendações sobre a periodicidade, propostas durante a Conferência, na inclusão do processo de revisão de regras.

§ Solicitar propostas de revisão da regra 0.24 para avançar na discussão sobre a primazia do conteúdo intelectual sobre o suporte físico.

§ Manter o site da AACR.

§ Divulgar e reafirmar, no site da AACR, as políticas, procedimentos e atividades do JSC, bem como instruções para envio de propostas para revisão de regras que emanam de dentro ou fora dos países autores da AACR.

§ Desenvolver uma declaração de missão para o JSC.

§ Determinar se existem pesquisas sobre a extensão do uso da AACR2 fora da comunidade anglo-americana e, se tal pesquisa não existir, realiza-la.

 

Indicação de leitura:

Tillett, B. B. Report on the International Conference on the Principles and Future Development of AACR, Held October 23–25, 1997 in Toronto, Canada. Cataloging & Classification Quarterly, vol. 26, n. 2, p.31-55, 1998. DOI: https://doi.org/10.1300/J104v26n02_05


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FERNANDO MODESTO

Bibliotecário e Mestre pela PUC-Campinas, Doutor em Comunicações pela ECA/USP e Professor do departamento de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP.