AO PÉ DA ESTANTE


AO PÉ DA ESTANTE... COM A SÉRIE DO GATO DETETIVE


Leituras inteligentes e divertidas são sempre bem-vindas, seja qual for o nosso momento de vida. Quando essas leituras compõem uma saga que nos envolve totalmente, então não há como não indicá-la (a saga completa!).

É o caso da série "O gato que...", de autoria da norte-americana Lilian Jackson Braun (1913-2011), que para se consolar da perda de seu gato de estimação deu início em 1960 às aventuras do veterano jornalista e detetive bissexto Jim Qwilleran, Qwill para os íntimos, e seu casal de gatos siameses, Yum Yum e Koko.

A autora, originalmente uma jornalista tal como seu personagem Qwilleran, nunca pensou que faria tanto sucesso com o primeiro livro. No entanto, só 18 anos depois iniciou de fato a série, e sempre fez questão de frisar que suas tramas se desenrolam à moda dos policiais clássicos.

Nesse trio inusitado, quem intui e fornece as principais pistas ao seu "chefe" é sem dúvida Koko, que possui qualidades ainda mais espantosas do que as que já costumamos encontrar nos gatos que nos rodeiam.

No Brasil, ao final dos anos 80, início dos 90, a editora Marco Zero publicou 7 títulos dos 17 da série completa.

Vejam como são instigantes estes títulos: O gato que tocava Brahms (1987), O gato que conhecia Shakespeare (1988), O gato que falava com fantasmas (1990), O gato que conhecia um cardeal (1991), O gato que movia montanhas (1992), O gato que não estava lá (1993) e O gato que visitou a ilha (1994). Em 1999, a editora Readers Digest lançou O gato que pegou um ladrão.

Embora eu recomende a série como um todo, segue apenas a sinopse da primeira história editada no Brasil, para que vocês tenham uma ideia do tipo de trama. Em O gato que tocava Brahms, Qwill e seus gatos vão tirar alguns dias de férias à beira de um lago, na cabana de Fanny, a excêntrica e riquíssima tia postiça do jornalista. Lá, em vez de descansar, eles ouvem passos no telhado no meio da noite, deparam-se com mortes inesperadas e pescarias de peixes esquisitos, até que Koko, sem mais aquela, vira um fã incondicional de Brahms.

São histórias saborosas, ao longo das quais o leitor acompanha a vida pessoal do bonachão Qwilleran, um solteirão curioso, sagaz e absolutamente dono de seu destino. A cada romance ele se depara com um mistério e se empenha em decifrá-lo, prestando muita atenção aos indícios que Koko, como quem não quer nada, lhe indica.

Logo que terminamos de ler a primeira trama que nos cai nas mãos, ficamos fãs e não descansamos enquanto não continuamos a procurar os outros livros da série, não só para ver como Koko vai se comportar diante de um novo caso, mas também para curtir a total interação dos siameses e seu "dono" (entre aspas porque nunca se sabe quem é dono de quem), além de matar a curiosidade sobre o que acontecerá na vida particular do simpático Qwilleran.


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SARASVATI

Nascida e criada na Índia, estudou na Universidade de Madras, morou em Goa (onde aprendeu português) e viajou pelo mundo em busca de autores e compositores diferentes. Apaixonada pela música brasileira, fixou-se em São Paulo, pela convivência pacífica entre religiões as mais diversas.