EX-LIBRIS II
Marcas de propriedade são próprias do gênero humano há, pelo menos, 500 anos, embora os papiros egípcios tivessem tabuinhas esmaltadas com o nome da biblioteca do faraó Amenophis III por volta do ano de
Há quem diga que os ex-libris nasceram dos super-libris, que são as marcas de propriedade que apareciam no centro das capas dos livros antigamente. Muitas dessas marcas são heráldicas (brasões, armas, representando a nobreza ou a aristocracia do dono) e eram, normalmente, gravadas a ouro. Além dos ex-libris (mais informações na coluna anterior deste site), há também o ex-dono, uma variante do ex e do super-libris, que traz o nome do doador de determinada coleção a uma biblioteca.
O Brasil teve colecionadores no passado que legaram ao país importantes coleções de ex-libris, como Walter Spalding (coleção
Há uma estimativa de que mais de um milhão de ex-libris tenham sido produzidos desde 1470 até os dias atuais. De hábito europeu, inicialmente, a arte atingiu a Ásia e o Leste Europeu, região que possui rica tradição nas artes gráficas e é grande produtora de ex-libris. O Bangsbo Museum, em Frederikshavn, na Dinamarca, é conhecido como a instituição que abriga
Muitos estudos de ex-librismo ainda precisam ser realizados, sobre a parte histórica dessa arte, seus colecionadores, escolas artísticas, tendências etc. Esses estudos podem começar nas coleções particulares ainda “escondidas” nas instituições de acervo histórico, como museus e bibliotecas. Catalogar esses acervos de ex-libris, publicá-los (online ou em forma impressa) e divulgá-los é contribuir para a manutenção da memória de uma arte em voga em países desenvolvidos e necessária para países como o nosso, carente de memória e de história nesse campo.
Até a próxima!
Fontes consultadas:
http://www.unirio.br/museologia/escolademuseologia/apresentacao.htm
http://www.gojaba.com/book/3216792/NO%C3%87%C3%95ES-DE-SIGILOGRAFIA-Jenny-Dreyfus
http://karaart.com/prints/ex-libris/index.html