MEDIAÇÃO DA INFORMAÇÃO


  • Reflexões sobre a Mediação da Informação, englobando aspectos teóricos e práticos.

SIGNO FICA E FALA

Desnecessário dizer a palavra,

Porque a palavra fala por si própria.

Carrega embutida, uma fala que é sua, dela,

E, em essência, de todos.

Ânima, animada, viva.

A palavra, quieta, fala, diz, enuncia,

Balbucia, pronuncia, clama, grita.

À par uma palavra, em par, significa.

Aliás, mesmo sozinha, isolada,

Ela fala e significa.

Aliás, ela significa, mesmo sem falar.

Aliás, ela significa e fala,

Mesmo sem falar.

Aliás, ela sempre fala.

 

De par em par a palavra desdobra o mundo,

Desvenda o mundo,

Desnuda o mundo,

Fala o mundo.

A palavra é o mundo.

 

A palavra tem boca e é desbocada.

A palavra tem espaço e é deslocada.

A palavra surge e vai.

A palavra se desfaz.

 

Quem diz que a palavra não fala, mente,

Fala mentira. E fala com a palavra.

Pois a palavra se presta para se negar.

A tudo e a ela.

 

A palavra se faz presente, concreta,

Não existindo. No entanto, existe.

E no instante que existe, morre.

Morre, mas fica.

 

Embora significando, a palavra precisa

Da boca, da fala ou, em igual medida,

Do pensamento.

 

Cortada em pedaços, ela significa.

Às vezes fala, às vezes letra morta.

 

A palavra, dá-se de presente. Ela mesma

E quem a fala.

 

A palavra é etérea, mas eterna ou eterna,

mas etérea.


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OSWALDO FRANCISCO DE ALMEIDA JÚNIOR

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da UFCA- Cariri - Mantenedor do Site.