MEIO AMBIENTE NO BRASIL COLONIAL; ALGUMAS POUCAS CONSIDERAÇÕES
Estava lendo semana passada sobre assunto que muito me interessa: a reunião de Biossegurança, em Curitiba, onde seriam discutidas questões sobre os transgênicos. Cá para nós: não dá mesmo para entender a posição do Brasil no atual governo, fazendo acordos absurdos, como o relatado a seguir.
As organizações ambientalistas brasileiras lutam, há tempos, para que haja identificação precisa dos carregamentos de sementes geneticamente modificadas (GM) com a expressão “contém transgênicos”. Pois, ao que parece, o nosso querido país e aquele outro, os Estados Unidos, estão de conluio para que a expressão seja “pode conter transgênicos”. Essa diferença é enorme, na medida em que o controle do transporte, na prática, será sinônimo de falta de controle, e os testes serão mínimos – o que acarretará uma ainda maior adoção de organismos GM
Voltando ao que lia semana passada na Carta Maior do dia 18 de março sobre meio-ambiente, pensei nos exemplos que tivemos no passado no Brasil colonial, na questão da água (tão importante quando se fala de meio-ambiente), enfim, nas preocupações da época. Em texto de maio de 2004 falamos rapidamente sobre Domenico Vandelli, médico e professor de Química em Pádua, contratado pelo Marquês de Pombal para lecionar em Coimbra. Vandelli foi o responsável pelo envio de
Na mesma época temos, para citar outro exemplo, o livro de Baltazar da Silva Lisboa, “Discurso historico, politico, e economico dos progressos, e estado actual da Filozofia Natural Portugueza, acompanhado de algumas reflexoens sobre o estado do Brazil”, no qual o autor descreve um triste quadro da agricultura e das questões ambientais brasileiras devido à falta de conhecimento científico e de técnicas adequadas, e oferece sugestões. Criou áreas florestais e se preocupou com rios e mananciais. Aliás, Frei Veloso, de quem falamos em março de 2004, também já havia assinalado os problemas do país nessa área
O Brasil tem sido alvo, ao longo dos séculos, de abandono e de vilipêndio ao mesmo tempo. Não sou contra os avanços da Ciência; ao contrário. Mas o que acontece atualmente, em algumas áreas, é um mal aproveitamento da Ciência, uma total falta de informação e, assim, as decisões acabam favorecendo quase sempre os mais abastados e interesses nada populares. Infelizmente, muitos dos bem intencionados acabam esquecidos na história e na História, como, por exemplo, Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá (1762-1835), engenheiro e proprietário rural, que deixou trabalhos sobre preservação de florestas e águas, baleias e tartarugas. Esquecidos, ou desconhecidos também já são os que atualmente defendem
Mas, para terminar num tom positivo, citamos uma personalidade de nossa história conhecida por seu lado político, mais do que pelo lado de naturalista, ambientalista e geólogo que foi: o
Soa familiar, car@ leitor(a)?
Até a próxima!