DEITOU NA CAMA E FEZ A FAMA
De escravas a damas da sociedade, imagine quantas mulheres teriam cedido aos atributos varonis de D. Pedro I. Não há consenso entre os historiadores sobre o número de amantes ou mesmo se foram tantas as que privaram da intimidade do imperador. Mas, ao que parece, ele não fazia distinção de condição social. Do tempo em que ainda era príncipe ao fim do Primeiro Reinado (1822-1831), D. Pedro pode ter se aventurado com dezenas de “favoritas”. A seguir, algumas conquistas amorosas atribuídas ao nosso augusto soberano e os supostos frutos dessas escapulidas.
A filha do bibliotecário
Anna Sofia Steinhausen Schüch era enteada do austríaco Roque Schüch, professor do Museu Nacional de Viena, bibliotecário particular de D. Leopoldina e mais tarde diretor do Gabinete Mineralógico de D. Pedro II. Foi mãe de Augusto.
A diva portuguesa
Ludovina Soares da Costa chegou ao Brasil com o marido, o ator João Evangelista da Costa, e se tornou um grande sucesso nos palcos do Rio de Janeiro, como no Real Teatro de São João, onde encenou a ópera “A caçada de Henrique IV”.
A atriz uruguaia
María del Carmen García também teria sido amante do general Juan Antonio Lavalleja (1784-1853). De seu suposto caso com o imperador do Brasil teria dado à luz uma menina em 1828.
A esposa do general
Maria Joana era casada com o general Antônio Correia Seara (1802-1858), combatente na Confederação do Equador (1824), na Guerra da Cisplatina (1825-1828) e na Sabinada (1837-1838).
A “joalheira”
Régine de Saturville era esposa do judeu Lucien de Saturville, joalheiro estabelecido na Rua do Ouvidor. Conheceu o imperador na loja do marido e passou a recebê-lo no Hotel Pharoux depois que Lucien voltou para a França, acusado de contrabando.
A negra quituteira
Andreza dos Santos era escrava do Convento da Ajuda, no Rio de Janeiro, e especialista na arte de fazer quindins. Uma menina, nascida em 1831, teria sido o resultado de seus encontros furtivos com o imperador.
“Zindinha”
Adozinda Carneiro Leão era sobrinha e filha de criação de José Fernando Carneiro Leão, conde de Vila Nova de São José (1782-1832), amante de D. Carlota Joaquina. De seu relacionamento com D. Pedro teria nascido uma menina em 1821.
“Tudinha”
Gertrudes Meireles de Vasconcelos conheceu o então príncipe regente em Minas, no início de 1822. A paternidade de seu filho, o oficial da Marinha Teotônio Meireles da Silva, é atribuída a D. Pedro.
“Luizinha”
Luísa Clara de Meneses encantou D. Pedro na viagem a Minas Gerais antes da Independência. Na Corte, em encontros furtivos com o príncipe, engravidou. Casou-se com o militar José Severino de Albuquerque e foi mãe de Mariana Amélia.
“Senhorinha”
Ana Rita Pereira da Cunha (1808-1861) se casou com um homem bem próximo de D. Pedro, o barbeiro Plácido Antônio Pereira de Abreu (1780-1842). Era filha do marquês de Inhambupe, ministro e senador do Império.